Laura Orrico, atriz de Chicago, EUA, sempre desejou ser mãe, mas seus planos foram interrompidos após a morte do marido aos 38 anos. Ela é conhecida por papéis em séries como CSI: Miami e Kevin Can Wait. Após o diagnóstico de tumor cerebral de Ryan Cosgrove em 2007, Laura deixou Hollywood.
Os sintomas do câncer cerebral variam de acordo com a localização do tumor e geralmente pioram com o tempo. Entre eles estão dores de cabeça persistentes, principalmente ao acordar ou deitar, náuseas, vômitos sem causa aparente, convulsões, alterações na visão, audição, fala ou equilíbrio, perda de memória e mudanças comportamentais, além de fraqueza em um dos lados do corpo.
Laura e Ryan se conheceram em 1999 e casaram-se em 2004. Antes do tratamento de Ryan, ele congelou seu esperma para a possibilidade de terem filhos no futuro. Eles tentaram a partir de 2013 com inseminações e fertilizações in vitro, mas infelizmente, apesar de duas gestações, Laura sofreu abortos espontâneos.
Laura menciona: “Fizemos tudo para aproveitar os bons momentos mesmo nos dias difíceis. Ele sempre manteve uma atitude positiva.” Em abril de 2015, Ryan faleceu. Após a perda, Laura teve outros relacionamentos e continuou tentando engravidar, sem sucesso.
Aos 48 anos, ela decidiu realizar seu sonho de ser mãe sozinha: “Se eu não fizesse isso agora, seria tarde demais e me arrependeria pelo resto da vida. Nunca planejei fazer isso sozinha, mas não podia esperar mais.” Antes de falecer, Ryan deu permissão formal a Laura para usar seu esperma e continuar a família: “Eu tenho a bênção dele”, afirma a atriz.
Em abril de 2025, Laura iniciou o tratamento com reprodução assistida post-mortem, que permite o uso do material biológico congelado do parceiro falecido para concepção. O procedimento, feito com rigorosos exames de viabilidade e seguindo protocolos médicos e legais, resultou em sucesso no início de junho, trazendo imensa alegria para Laura e a família de Ryan.
Segundo Álvaro Cecchin, presidente da Associação Brasileira de Reprodução Assistida, o sêmen congelado pode ser utilizado anos depois da coleta, desde que congelado com qualidade, não afetando as chances de sucesso da fertilização. O oncologista Denis Jardim destaca a importância de considerar congelamento de esperma antes de tratamentos que possam afetar a fertilidade, especialmente em casos de câncer.