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domingo, 24/11/2024
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Atirador de Cambé encontrado morto em cela estava acompanhado de outro suspeito, diz advogado

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Kathulin Tanan / RPC Londrina

Polícia Civil e Deppen investigam o caso; dois adolescentes morreram após serem baleados pelo homem de 21 anos

Encontrado morto em sua cela nesta quarta-feira, o atirador do Colégio Municipal Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do Paraná, dividia cela com uma outra pessoa, também detida em conexão com o crime, que deixou dois adolescentes mortos no início da semana. A informação foi confirmada pelo advogado Marcelo Gaya, que havia sido escolhido para representar o autor do crime.

Foi o companheiro de cela do atirador que alertou agentes da casa de custódia de Londrina da morte do homem de 21 anos. De acordo com Gaya, o segundo preso é o homem de 21 anos suspeito de ter ajudado o atirador a cometer o crime. O advogado ressalta que entre eles não haveria nenhuma desavença.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirmou que o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) já instaurou procedimento interno para apurar o caso. A Polícia Civil também iniciou investigação sobre as circunstâncias do fato.

Vítimas do ataque em escola em Cambé

Luan Augusto, de 16 anos, e a namorada dele, Karoline Verri Alves, de 17 anos, foram mortos no ataque. A jovem era atuante na igreja, foi coroinha e participava do Grupo de Jovens Illumi. Já Luan era apaixonado pela comunidade nerd e por automóveis antigos.

Entenda o caso

O autor do crime, um ex-aluno de 21 anos, entrou no colégio pouco antes das 9h. O investigado foi até a direção da escola dizendo que queria uma cópia de seu histórico escolar.

Na direção do colégio, o atirador aguardou enquanto o documento era elaborado pelos funcionários da escola. Enquanto esperava, teria pedido para ir ao banheiro, mas, na verdade, seguiu em direção o pátio. Ele carregava uma mochila, onde teria levado a arma do crime.

O criminoso deixou a direção da escola e, no pátio, sacou a arma e atirou pelo menos 12 vezes contra os alunos que estavam no local.

Idoso conseguiu deter atirador

Um idoso conseguiu deter o ex-aluno. O prestador de serviços Joel de Oliveira, de 62 anos, relatou ter ouvido barulhos de tiro assim que chegou na clínica de fisioterapia onde trabalha, perto da escola. Sem sequer pensar no risco de vida que correria, ele saiu em disparada em direção ao colégio, se identificou como policial ao atirador e o imobilizou com o pé.

A polícia foi acionada. Ao chegar à escola, os agentes encontraram o atirador imobilizado por Oliveira. O criminoso foi preso e levado para a casa de custódia em Londrina.

Além do autor do crime, duas pessoas foram presas pelas autoridades sob a suspeita de terem ajudado o criminoso. Uma delas é um homem, também de 21 anos, e a outra um adolescente. As informações foram confirmadas pelo secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira.

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