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quarta-feira, 17/12/2025

Atirador acorda de coma e vai responder por 59 crimes em Sydney

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O australiano Naveed Akram, de 24 anos, foi acusado de 59 crimes referentes ao ataque terrorista ocorrido na praia de Bondi, em Sydney, que resultou em 15 mortos e muitos feridos. O atirador, que sofreu ferimentos causados por policiais durante o ataque, permaneceu em coma por quase 48 horas e acordou na terça-feira (16/12).

Naveed realizou o atentado junto com seu pai, o indiano Reuven Morrison, de 62 anos, que faleceu no local do incidente no domingo (14/12). O tiroteio aconteceu durante a comemoração do festival judaico Hanukkah, na praia de Bondi, em Sydney.

Segundo as autoridades, os dois agiram motivados pela ideologia do Estado Islâmico. A polícia de Nova Gales do Sul imputou 59 crimes ao atirador, incluindo terrorismo, 15 homicídios, 40 acusações de lesão corporal grave, tentativa de detonar uma bomba em um edifício, disparo com arma de fogo com intenção de ferir gravemente e exposição pública de símbolos terroristas.

A pena máxima para essas acusações na Austrália é prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

O enterro das 15 vítimas começou na terça-feira (16/12) e seguirá até quarta (17).

Os responsáveis foram identificados como Sajid Akram, de 50 anos, e Naveed Akram, de 24 anos. O pai é indiano, migrado para a Austrália em 1998, enquanto o filho nasceu no país.

Desde outubro de 2019, Naveed estava sob investigação da Organização Australiana de Inteligência de Segurança (ASIO) por possíveis conexões com o Estado Islâmico, mas não havia sido preso até o ataque.

O atentado contou com atos heroicos de civis que conseguiram atrasar ou impedir o avanço dos atiradores na praia.

Vídeos nas redes sociais mostram um dos atiradores armado na praia sendo detido por um transeunte. Em uma ação valente, o homem desarmou o suspeito e utilizou a arma contra ele, até deixá-la em uma árvore. Outro pedestre também lançou uma pedra contra o atirador, que fugiu.

Este herói nacional é Ahmed al Ahmed, um muçulmano de 43 anos que vende frutas na região. Durante a intervenção, Ahmed foi ferido por dois tiros, passou por cirurgia e está internado com estado estável. Sua família recebeu mais de R$ 4 milhões em doações após o atentado.

Outro herói foi Reuven Morrison, de 62 anos, que tentou impedir os atacantes jogando tijolos para protegê-los, mas foi baleado mortalmente. Ele tenta proteger a esposa e amigos durante a festa de Hanukkah ao ouvir os disparos, e teve sua história compartilhada por familiares.

Nascido em Kiev, na Ucrânia, Reuven Morrison fugiu da União Soviética aos 14 anos após sobreviver ao Holocausto. Morou em Sydney, onde formou uma família e construiu uma carreira de sucesso no mercado imobiliário. Ele deixa esposa, uma filha e três netos.

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