Pelo menos 11 pessoas perderam a vida e mais de 100 ficaram feridas nesta terça-feira (24) devido a bombardeios russos na região de Dnipropetrovsk, no centro-leste da Ucrânia, conforme informado pelas autoridades locais. Moscou é acusada de enviar uma “mensagem de terror” num momento em que as negociações entre os países estão travadas.
Esses ataques violentos do exército russo, após uma grande ofensiva em Kiev no domingo à noite, acontecem às vésperas de uma cúpula da Otan em Haia.
Ao chegar aos Países Baixos, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, se encontrou com o secretário-geral da Aliança, Mark Rutte, e busca obter dos aliados novas promessas de apoio após quase três anos e meio de conflito.
No terreno, as forças russas continuam avançando no leste da Ucrânia, enquanto o exército ucraniano enfrenta dificuldades e diminuição de efetivos, intensificando os bombardeios.
Por volta das 11h10 locais, conforme a polícia nacional ucraniana, mísseis russos atingiram as cidades de Dnipro e Samar, causando destruição especialmente em um prédio administrativo em Dnipro.
Foram confirmadas nove mortes em Dnipro e duas em Samar, além de mais de 100 feridos, entre eles passageiros de um trem danificado pelos ataques, segundo as autoridades locais.
Centros escolares e de saúde também sofreram danos, conforme relatório da promotoria ucraniana.
Zelensky alertou que o número de vítimas pode aumentar.
O chefe da diplomacia ucraniana, Andri Sibiga, denunciou a mensagem de terror e recusa à paz que Moscou estaria transmitindo, especialmente após o anúncio recente do exército russo de iniciar ataques na região de Dnipropetrovsk, algo que não acontecia desde 2022.
A cúpula da Otan deverá decidir sobre um aumento significativo dos gastos militares dos países-membros, em um cenário diplomático global delicado.
Está prevista uma reunião entre Zelensky e o ex-presidente americano Donald Trump na quarta-feira, informou um alto funcionário ucraniano sob anonimato.
Embora Trump tenha prometido encerrar a invasão russa