Na terça-feira (24), ao menos 11 pessoas perderam a vida e mais de 100 ficaram feridas após ataques aéreos realizados pelo exército russo na região de Dnipropetrovsk, situada no centro-leste da Ucrânia, informaram autoridades locais. As autoridades ucranianas classificam os ataques como uma clara tentativa de espalhar o terror, especialmente em um momento delicado em que as negociações entre Ucrânia e Rússia estão estagnadas.
Esses ataques fatais do exército russo aconteceram logo após uma grande ofensiva em Kiev no domingo à noite, pouco antes da realização de uma cúpula da Otan em Haia.
Ao chegar aos Países Baixos, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, encontrou-se com o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, e espera obter novas promessas de apoio para a Ucrânia, que luta há quase quatro anos contra a invasão russa.
No campo de batalha, as forças russas continuam avançando no leste do país, enfrentando um exército ucraniano com menos recursos e efetivos, enquanto intensificam os bombardeios.
De acordo com a polícia nacional ucraniana, por volta das 11h10 locais, o exército russo lançou ataques contra as cidades de Dnipro e Samar com mísseis, destruindo principalmente um prédio administrativo em Dnipro.
O número de mortos foi confirmado como sendo nove na cidade de Dnipro e dois na cidade de Samar. Mais de 100 pessoas ficaram feridas, incluindo passageiros de um trem que sofreu danos pela explosão.
Além disso, centros escolares e unidades de saúde também foram afetados pelos bombardeios, segundo a promotoria ucraniana. Zelensky alertou que o número de vítimas pode aumentar com o passar do tempo.
Andri Sibiga, chefe da diplomacia ucraniana, condenou a ação russa, destacando que Moscou está enviando uma mensagem de terror e rejeição à paz, após declarar o início de ataques na região de Dnipropetrovsk, algo que estava ausente desde 2022.
Durante a cúpula da Otan, está previsto que os países membros aprovem um aumento significativo nos gastos com segurança, em meio a um contexto internacional bastante tenso.
Também está marcada uma reunião entre Zelensky e o ex-presidente americano Donald Trump na quarta-feira, conforme fonte ucraniana.
Embora Trump tenha prometido encerrar a invasão russa em vinte e quatro horas, seu esforço para mediar um cessar-fogo não conseguiu até o momento aproximar as posições entre as partes em conflito, que seguem distantes.