A polícia de Minneapolis revelou nesta quinta-feira (28/8) que a atiradora responsável pelo ataque a uma escola católica nos Estados Unidos deixou um “manifesto” programado para ser publicado no YouTube. Entre os materiais apreendidos, os investigadores encontraram um alvo de tiro com a imagem de Jesus, rabiscada com insultos, além de mensagens de ódio racial e religioso.
O chefe de polícia, Brian O’Hara afirmou em coletiva que os vídeos e cadernos de Robin Westman — nascida com o nome de Robert Westman — estão sendo analisados para entender as motivações do crime. Em gravações, a jovem aparece folheando um caderno manuscrito, exibindo armas e munições dispostas sobre uma cama, e mostrando um diagrama do local do ataque, a Igreja da Anunciação.
Ela chegou a visitar o local semanas antes, sob o pretexto de querer retomar a fé católica.
As armas estavam marcadas com frases como “assassino psicopata”, “chupa isso!” e mensagens antissemitas como “6 milhões não foram suficientes”.
Em uma das revistas, foi escrita a frase “matem Donald Trump”. Em outro momento, Westman aparece cravando uma faca sobre o desenho da planta da igreja, enquanto diz: “Ha, que legal”.
Apesar do conteúdo extremista, o caderno também traz uma contradição: “Quanto à minha motivação para o ataque, não consigo apontar um propósito específico. Faço isso para me agradar. Faço isso porque estou doente”, escreveu.
O ataque
Durante a missa especial que marcava a primeira semana de aulas, Westman abriu fogo pelas janelas da Igreja da Anunciação, atingindo fiéis e crianças entre 6 e 14 anos. Duas delas morreram e outras 17 ficaram feridas, algumas em estado crítico.
Segundo a polícia, a atiradora carregava dois rifles e uma pistola e planejava atacar de dentro da igreja. No entanto, as portas já estavam trancadas após o início da celebração — um protocolo de segurança que, segundo os investigadores, impediu que o massacre fosse ainda maior.
Em vídeos anexos ao “manifesto”, Westman também detalhou planos de bloquear saídas de emergência com tábuas e latas de fumaça laranja, para prender as vítimas dentro do templo. Forçada a improvisar, acabou atirando de fora. Ela morreu no local.
Repercussão
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou ter recebido comunicado imediato e pediu orações às vítimas. “O FBI agiu prontamente e está presente no local. A Casa Branca seguirá acompanhando essa situação trágica”, publicou no Truth Social.
O governador de Minnesota, Tim Walz, também manifestou seu apoio: “Estou orando pelas nossas crianças e educadores, cuja primeira semana de aulas foi abalada por esta violência horrenda”.
O papa Leão XIV expressou profundo pesar pelo incidente ocorrido.