O pai da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontra-se em Lisboa aguardando para seguir viagem rumo à Indonésia com o objetivo de auxiliar no salvamento da filha. Juliana caiu de um penhasco próximo a um vulcão enquanto realizava uma trilha na Indonésia, última sexta-feira (20/6).
Contudo, o avanço do pai está impedido devido ao fechamento do espaço aéreo do Catar, provocado por ataques do Irã à Doha, pela qual o voo de Manoel Marins Filho precisava passar. O voo previsto não pôde decolar do aeroporto em Portugal.
Em um pronunciamento emocionado no aeroporto de Lisboa, Manoel Marins Filho relatou: “Estamos aqui no aeroporto de Lisboa, infelizmente soubemos que o espaço aéreo do Catar foi fechado. Nosso voo passa obrigatoriamente por Doha. Não sei o que vai ser. Não sei se será possível viajar ainda hoje para lá. Seguimos confiando em Deus. Precisamos chegar lá.”
Em vídeo nas redes sociais, o pai agradeceu o apoio recebido, inclusive do governo brasileiro, que anunciou esforços para acelerar o resgate. “Hoje saiu uma publicação do governo brasileiro falando que o governo está juntando esforços para agilizar o resgate. Obrigado a todos que estão se mobilizando.”
Na manhã da segunda-feira (23/6), a família confirmou que as operações de salvamento foram suspensas devido a condições climáticas adversas no local. Eles informaram que a equipe rescate recuou a cerca de 350 metros da localização da jovem por volta das 16h (hora local).
A região apresenta mudanças repentinas no clima nessa estação do ano, e segundo a família, o governo local não tem acelerado o processo de resgate de forma eficiente, o que tem causado atrasos e agrava a situação de Juliana, que está há três dias sem água, alimentação e proteção adequada contra o frio.
O Parque Nacional do Monte Rinjani, na trilha onde Juliana sofreu o acidente, permanece aberto ao turismo, com atividades normais e presença de visitantes.
Antes da paralisação do resgate, familiares haviam informado que a equipe estava se aproximando do local onde a jovem foi vista pela última vez em imagens captadas por drones, sentada e imóvel na borda do vulcão, em um ambiente de alta montanha com obstáculos que dificultam o acesso até ela, inclusive por via aérea.
Detalhes do Acidente
Juliana Marins, natural de Niterói (RJ), durante sua viagem pela Ásia, sofreu uma queda enquanto realizava a trilha no vulcão Rinjani, situado em Lombok. O incidente ocorreu próximo do horário das 19h de sexta-feira (20/6), horário de Brasília.
Durante a caminhada com outros turistas, que contrataram uma empresa local de viagens para o passeio, Juliana escorregou e deslizou, parando cerca de 300 metros distante do grupo.