22.5 C
Brasília
sexta-feira, 22/11/2024
--Publicidade--

Com taxa de transmissão maior que covid-19, sarampo volta a ser risco no Brasil

Brasília
nuvens quebradas
22.5 ° C
22.6 °
22.5 °
78 %
1kmh
75 %
sex
27 °
sáb
24 °
dom
26 °
seg
23 °
ter
25 °

Em Brasília

Doença volta a preocupar autoridades médicas. Em São Paulo, já são 25 casos suspeitos.

Com 25 casos suspeitos de sarampo sob investigação só no estado de São Paulo, o sarampo volta a alertar as autoridades de saúde do Brasil, que chegou a receber o certificado de erradicação da doença em 2016.

Desde que o sarampo voltou aos registros oficiais, em 2019, já são mais de 40 mil pacientes e 40 mortes causadas pela queda na cobertura vacinal – metade das vítimas foram crianças abaixo de 5 anos.

A doença é altamente contagiosa, alerta Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

“Só para se ter uma ideia, a taxa de transmissibilidade do sarampo é entre 12 e 18. Isso significa dizer que, para cada caso da doença, você provavelmente terá outros 12 a 18 casos de pessoas infectadas caso isso ocorra em uma população suscetível. É um número substancialmente maior que a taxa de transmissibilidade da Covid-19 em qualquer uma de suas versões.”

Como professor, Safadi conta que formou “várias gerações de médicos” que nunca haviam visto um caso sequer de sarampo – e que hoje precisam de treinamento específico para diagnosticar a doença.

Os sintomas, segundo o médico, se assemelham ao de uma virose e se iniciam entre 10 a 15 dias após o contágio.

Quais são os sintomas de sarampo?

“Basicamente caracterizados por febre, coriza e conjuntivite, que é um uma vermelhidão dos olhos e tosse. Essa é a tríade clássica que a gente tem além da febre, que caracteriza os primeiros dias do sarampo”, detalha Marco Aurélio Safádi.

Quando as manchas vermelhas aparecem pelo corpo, alerta o médico, o paciente “já estava aproximadamente a três quatro dias transmitindo vírus a quem estava ao seu redor.”

Este ano, já são 13 casos confirmados e cerca de 100 suspeitos da doença no Brasil.

Queda na vacinação

A epidemiologista Regiane de Paula, coordenadora de controle de doenças do estado de São Paulo, atribui o retorno da doença à baixa cobertura vacinal no país.

“É muito importante a conscientização dos pais e responsáveis sobre a importância da imunização de rotina, e não apenas um momento epidêmico ou pandêmico como o atual. É fundamental vacinação de rotina para que a gente possa proteger as nossas crianças.”

--Publicidade--

Veja Também

- Publicidade -