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sábado, 23/11/2024
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Astrônomos descobrem uma surpreendente galáxia anã

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Ela orbita a Via Láctea e é a mais fraca já vista pelos cientistas. Novo objeto pode ajudar a desvendar a misteriosa matéria escura

Astrônomos descobriram um impressionante objeto orbitando nossa galáxia: Virgo I é a galáxia anã mais fraca já vista pelos cientistas ao redor da Via Láctea. Segundo os cientistas, centenas de galáxias assim podem estar ao nosso redor. A descoberta, publicada na última semana no Astrophysical Journal, deve ajudar os cientistas a desvendar como as galáxias nascem e de que maneira a misteriosa matéria escura mantém as galáxias unidas.

Virgo I, que recebeu esse nome por estar na direção da constelação de Virgem, a cerca de 280.000 anos-luz de distância (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros) do sistema solar, é a mais nova integrante do grupo de cerca de cinquenta galáxias conhecidas que orbitam a Via Láctea – pelo menos quarenta delas são fracas como Virgo I. O brilho da nova galáxia anã é tão sutil que só pode ser detectado pelo telescópio Subaru, no Havaí, que conta com uma lente potente com diâmetro de 8,2 metros.

“Essa descoberta sugere que centenas de fracas galáxias anãs estão aguardando para serem descobertas ao redor da Via Láctea”, afirmou o astrônomo Masashi Chiba, da Universidade Tokohu, no Japão, e um dos autores do estudo, em comunicado oficial.

Desvendando a matéria escura

A matéria e energia escura, que compõe pelo menos 95% do universo, ainda é um mistério para a ciência. Segundo algumas teorias, galáxias como a nossa foram formadas por matéria escura, seguida pela reunião de gás de poeira cósmica que resultou em planetas e estrelas. Segundo esses modelos, esse processo deixaria um “halo” escuro ao redor da galáxia, com diversas pequenas galáxias – contudo, apenas algumas dezenas de galáxias assim foram encontradas até o momento. Segundo os cientistas, o funcionamento de telescópios de grande alcance, como o Subaru, pode ajuda na descoberta de outros objetos cósmicos como Virgo I.

“Saber quantas existem realmente e quais são suas características nos dará pistas importantes para compreender como a Via Láctea foi formada e como a matéria escura contribuiu para isso”, afirmou Chiba.

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