O ex-astronauta americano Buzz Aldrin, que participou da missão Apolo XI junto com Neil Armstrong, afirmou nesta quarta-feira que é “vital” a cooperação internacional para explorar Marte, na abertura da quarta edição da Campus Party México.
É preciso “explorar como fizemos há 44 anos, mas para isso é preciso apoio público e cooperação” de órgãos privados e independentes, e também que as próximas gerações se interessem por ciência, tecnologia e matemática, disse o ex-astronauta durante a conferência na Cidade do México.
Marte deveria ser “nosso próximo destino”, afirmou Aldrin, piloto do módulo do ônibus espacial Apolo XI, primeira missão a pisar na lua, em 1969, ao enfatizar que este objetivo está mais próximo da realidade do que parece. Para isso, “é fundamental encontrar maneiras competitivas para seguir inovando”.
Usando uma gravata com um desenho de sua chegada à Lua, o piloto lembrou que realização da Apolo 11 foi possível graças ao trabalho em equipe e à inovação. “Neil foi o primeiro homem a pisar na Lua, porque era o líder da missão ou porque estava mais perto da porta”, lembrou, sem revelar qual foi a verdadeira razão.
Aldrin contou que aterrissar na superfície lunar foi a parte “mais complicada” da missão porque só havia mais 18 segundos de combustível.
Inspiração para um dos principais personagens da série de filmes “Toy Story”, o ex-astronauta revelou que ao término da missão caiu em uma depressão que acabou com seu casamento e começou a beber. “Levei um tempo para me recuperar”, disse.
Ele acabou de lançar o livro “Mission to Mars” (ainda sem tradução no Brasil) e está envolvido no jogo “Buzz Aldrin Space Program Manager”, com previsão de lançamento para o outono do hemisfério norte. E sonha: “nunca sei onde estarei: se não tiver nada melhor, gostaria dirigir um ‘Hummer’ (automóvel 4×4) no Polo Sul”.