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terça-feira, 12/08/2025

Associação critica demora no julgamento dos oficiais da PMDF

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A Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (Asof) declarou que a liderança da PMDF, acusada de inação durante os ataques do dia 8 de janeiro, está passivamente esperando o momento do julgamento, como se fossem animais para abate. Após o Supremo Tribunal Federal (STF) alterar por três vezes a data do julgamento dos sete militares envolvidos na última semana, o caso foi retirado da pauta sem uma nova data marcada.

Em comunicado, a associação descreve os militares como manipulados. A entidade destaca que o silêncio dos oficiais é imposto pela cadeia de comando. Em sua defesa, a Asof afirma que os oficiais são injustamente acusados de apoiar uma suposta tentativa de golpe e mantém a fé na inocência dos mesmos.

O texto também aponta que outras entidades importantes para a investigação foram negligenciadas. “Órgãos como o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a ABIN, entre outros, foram convenientemente ignorados, apesar de serem fundamentais para esclarecer os fatos. Toda a responsabilidade está sendo atribuída a nós, sem controle ou poder de ação”, exemplifica a associação.

São réus nesse processo:

  • Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF
  • Coronel Klepter Rosa Gonçalves, ex-subcomandante-geral da PMDF
  • Coronel Jorge Eduardo Barreto Naime, ex-chefe do Departamento de Operações
  • Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, chefe de operações especiais na data dos fatos
  • Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos
  • Major Flávio Silvestre de Alencar
  • Tenente Rafael Pereira Martins

Acusação da Procuradoria-Geral da República

Ao aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em fevereiro de 2024, o ministro Moraes afirmou que a falha de atuação dos oficiais permitiu que os ataques contra as instituições dos Três Poderes federais fossem realizados.

Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux concordaram com o voto de Moraes.

Na acusação, a PGR ressaltou que parte dos oficiais denunciados estava profundamente influenciada por ideias ideológicas extremas e apresentavam alinhamento com teorias conspiratórias sobre fraude eleitoral.

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