Enquanto aguardavam o início da exibição dos curtas, cerca de 90 pessoas circularam entre as bancas do coletivo Mapa Gentil e da Faculdade Dulcina de Moraes, além dos stands de Clara Rodrigues e Rosilene Castro, artesãs convidadas pela produção do festival.
Nesses espaços, encontravam-se pulseiras de couro, toucas de crochê e colares de miçangas. “O público que gosta do que fazemos está reunido aqui. Então, trouxemos um material bem underground”, anuncia a artesã Rosilene Castro, que produz também bolsas de vinil.
Entre os artigos que mais chamaram atenção estavam as gravuras de personagens consagrados no cinema e na cultura brasileira, como Glauber Rocha e Zé do Caixão, além dos internacionais Amelie Poulain, Nelson Mandela e Frida Kahlo, que traz estampada a frase “Sofrida, mas não me kahlo”.
“Essas frases foram trazidas da oficina de poetas da Marina Mara, foi uma parceria que fizemos com essa poetisa brasiliense”, conta a artista plástica Etilene Colado, do coletivo Mapa Gentil. Ela divide o stand com outro coletivo, Balangandans da Dulcina Acervo, que utiliza o bazar de sapatos e roupas para arrecadar fundos destinados à construção de um acervo de figurino técnico da faculdade.
“Como aqui no festival estamos entre artistas, quando eles veem o nome da faculdade, ficam interessados para saber se a ‘Dulcina’ está aguentando. Bom, se querem saber, a ‘Dulcina’ está vivíssima, e não morre tão cedo, porque não vamos deixar”, garante em protesto o artista plástico Rafael Afonso.
Os stands vão acompanhar os quatro dias do festival, ficando abertos até as 22h durante a semana e fechando no sábado apenas quando o evento terminar.