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sábado, 13/12/2025

Arte e ancestralidade transformam aprendizado no CEF 410 Norte

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A exposição “Entre Olhares da Arte, Detalhes que Encantam e Histórias que Inspiram” ocorreu no Centro de Ensino Fundamental 410 Norte e trouxe trabalhos que mudaram a maneira como alunos do 9º ano veem a arte, unindo literatura, história e artes visuais. As criações falam sobre ancestralidade, diversidade e práticas contra o racismo, ampliando o entendimento dos estudantes sobre o mundo.

Segundo a coordenadora pedagógica Andréia Modtkowski, a mostra representou uma mudança grande na postura dos alunos durante o ano. Ela destaca que os estudantes passaram a valorizar a criação artística: “Eles viram que a arte pode transformar e que todos conseguem criar. Não é sobre ser o melhor, mas sobre perceber que conseguem fazer coisas incríveis. Essa exposição mostra que esse reconhecimento acontece aos poucos.”

Os trabalhos expostos foram baseados em temas escolhidos por professores de literatura, história e artes, com atenção especial à leitura de autoras negras e a temas ligados às ancestralidades. Referências de artistas negros e pesquisas sobre símbolos culturais, como o Baobá, enriqueceram o conteúdo desenvolvido em sala de aula.

A professora de português Luane Almeida destaca que a integração entre as áreas é fundamental para ampliar a visão do mundo dos alunos. “Usamos várias formas de expressão — pintura, visual, gestual, ícones — porque não dá para desenvolver uma visão artística completa sem considerar esses meios, como se vê nas obras apresentadas”, explica.

O projeto também enfatiza diversidade, inclusão e práticas contra o racismo, cumprindo as orientações pedagógicas da escola. Conforme Andréia Modtkowski, “o Currículo em Movimento exige que os alunos do 9º ano tenham um repertório crítico sólido. Projetos como este mostram isso na prática e seguem a lei que torna obrigatório o ensino das culturas africanas e afro-brasileiras.”

O aluno Oliver Ciro Teixeira Silva, de 14 anos, conta que o projeto ajudou a entender melhor temas importantes da cultura brasileira. “Acho fundamental aprender sobre essa cultura, que é essencial para o Brasil e sua história. Assim, valorizamos e resgatamos as origens da cultura brasileira”, afirma.

Durante o ano, Oliver participou de várias fases da exposição, criando cartazes com temas afro, pinturas realistas de flores e plantas, além de projetos artísticos com grafites representando nomes. O processo envolveu estudar teoria, analisar contos e interpretar visualmente os temas propostos, reforçando a linguagem visual como modo de expressão e reflexão.

Com informações da Secretaria de Educação

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