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terça-feira, 23/09/2025

Arrecadação federal cai para R$ 208,79 bilhões em agosto, diz Receita

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A Receita Federal informou que a arrecadação de impostos e contribuições federais totalizou R$ 208,79 bilhões em agosto, abaixo da média esperada pelo mercado, que era de R$ 214,5 bilhões. As previsões variavam entre R$ 207,2 bilhões e R$ 219,3 bilhões.

Esse valor representa uma redução de 1,5% em comparação com agosto de 2024, já descontada a inflação. Em relação a julho deste ano, a arrecadação caiu quase 18% em termos reais, embora comparações entre meses diferentes possam sofrer influência de fatores sazonais.

Segundo o relatório da Receita, houve uma queda real de 8,27% na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que juntos arrecadaram R$ 28,93 bilhões. Também houve uma queda de 3,7% no PIS/Pasep e Cofins, causada pela redução das atividades do comércio varejista.

“Destaca-se o desempenho negativo de alguns setores econômicos, como o de combustíveis e o comércio atacadista”, afirma a Receita.

Por outro lado, houve um aumento de 35,57% na arrecadação do IOF, que alcançou R$ 8,45 bilhões, ajudando a compensar as perdas na arrecadação total.

Ano

De janeiro a agosto de 2025, a arrecadação federal chegou a R$ 1,889 trilhão, um crescimento real de 3,73% em comparação ao mesmo período de 2024.

A receita previdenciária cresceu 3,37%, totalizando R$ 436,3 bilhões, impulsionada principalmente pelo aumento da massa salarial em 5,96% e pelo crescimento das compensações tributárias com débitos previdenciários, que subiram 13,64%.

O PIS/Pasep e Cofins tiveram aumento real de 3,55%, alcançando R$ 378,92 bilhões, impulsionado pelo crescimento das atividades de serviços no ano acumulado. A Receita também ressalta o bom desempenho das instituições financeiras e das atividades relacionadas a jogos de azar e apostas, que tiveram alta devido a mudanças na legislação.

O Imposto de Importação (IPI) e o IPI vinculado à importação arrecadaram R$ 81,76 bilhões, uma alta de 18,29%, devido ao aumento do volume de importações e à valorização média cambial de 9,22%.

Estadão Conteúdo

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