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quinta-feira, 26/06/2025




Arrecadação bate recorde e atinge R$ 230,152 bi em maio

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A receita gerada por impostos e contribuições federais alcançou R$ 230,152 bilhões em maio de 2025, apresentando um aumento real de 7,66% comparado a maio de 2024, quando o valor foi de R$ 20,979 bilhões, segundo dados da Receita Federal. Em relação a abril, quando a arrecadação foi de R$ 247,715 bilhões, houve uma redução de 7,33% em termos reais.

Segundo a Receita Federal, o resultado alcançado em maio de 2025 é o maior já registrado para esse mês desde que as estatísticas começaram, em 1995.

O valor arrecadado superou a mediana das projeções das instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast, que esperavam R$ 220,8867 bilhões, com previsões variando entre R$ 208 bilhões e R$ 297,20 bilhões.

Esta é a primeira vez que os números de arrecadação de 2025 são divulgados, após atraso causado pela greve dos auditores fiscais, iniciada em novembro de 2024. Em junho, Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ordenou a retomada do trabalho pelos auditores.

A Receita também explicou que o desempenho em maio foi impactado por indicadores macroeconômicos e pelo adiamento de pagamentos por contribuintes do Rio Grande do Sul, devido às enchentes que afetaram a região em 2024.

Adicionalmente, houve crescimento na arrecadação dos tributos sobre o comércio exterior, impulsionada pelo aumento das alíquotas e pela valorização da moeda estrangeira, assim como a elevação da arrecadação do IRRF-Capital, beneficiada pela alta na taxa Selic, que favoreceu fundos e títulos de renda fixa.

Acumulado do ano

Entre janeiro e maio de 2025, a arrecadação federal atingiu R$ 1,191 trilhão, também a maior marca para esse período desde 1995, com aumento real de 3,95% em comparação ao mesmo período do ano anterior, que registrou R$ 1,089 trilhão.

A Receita atribuiu esse desempenho à melhora na arrecadação do PIS/Cofins, resultado do aumento nas importações e do desempenho das entidades financeiras, além do avanço na contribuição previdenciária por conta das empresas do Simples Nacional e a redução das desonerações na folha.

Desonerações fiscais

As desonerações fiscais totalizaram R$ 10,225 bilhões em maio de 2025, ligeiramente abaixo dos R$ 10,233 bilhões registrados em maio de 2024. No acumulado do ano, as renúncias fiscais somaram R$ 50,693 bilhões, um valor inferior ao do ano anterior, quando foi de R$ 52,085 bilhões.

A política de desoneração da folha de pagamentos, que beneficia 17 setores da economia, está sendo alvo de mudanças. O governo vetou a prorrogação integral dessa política e propôs uma reoneração gradual por meio de medida provisória.

Como o Congresso não concordou com o texto, o governo encaminhou o tema como projeto de lei com urgência constitucional para negociação. Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) exigindo compensações para o benefício, o Legislativo avançou com a proposta, sancionada em setembro de 2024 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde 2011, a desoneração substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por alíquotas entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta, conforme o setor produtivo, reduzindo a carga tributária das empresas.




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