18.7 C
Brasília
sexta-feira, 05/09/2025

Arquivo citado pela defesa de Bolsonaro equivale a 35 milhões de livros digitais

Brasília
nublado
18.7 ° C
18.7 °
17.8 °
69 %
2kmh
100 %
sex
28 °
sáb
31 °
dom
31 °
seg
30 °
ter
23 °

Em Brasília

Segundo o advogado Celso Vilardi, que faz parte da equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o segundo dia do julgamento da trama golpista revelou que as provas reunidas pela Polícia Federal (PF) envolvendo o general Mário Fernandes — autor do plano Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes — totalizam cerca de 70 TB (terabytes).

Essa quantidade de dados é equivalente ao armazenamento de 35 milhões de livros digitais, considerando que cada e-book ocupa em média 2 MB (megabytes).

Durante a sustentação, Vilardi ressaltou que a defesa não teve tempo suficiente para analisar as provas contra o general, que atuou como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. Essa análise é crucial, pois segundo as investigações da PF, o ex-presidente tinha “pleno conhecimento” do plano em questão.

Vilardi afirmou não conhecer a íntegra do processo e destacou a complexidade diante do volume bilionário de documentos envolvidos, com um prazo apertado para instrução e interrogatório.

Ele questionou como seria possível analisar a cadeia de custódia dos documentos, que garante autenticidade e rastreabilidade das provas, se a equipe não conseguiu acessar todos os documentos no tempo disponível.

No decorrer do segundo dia da fase final do julgamento, a defesa de Bolsonaro teve papel central, com Celso Vilardi afirmando que não existem provas que liguem o ex-presidente aos eventos de 8 de janeiro. Ele também contestou a delação de Mauro Cid, classificando-o como uma fonte pouco confiável.

Vilardi criticou ainda as altas penas pretendidas a partir dessas delações e reuniões, argumentando que uma conversa entre chefes das Forças Armadas e um presidente sem qualquer ato concreto não é justificativa para severas punições.

Por fim, o advogado Paulo Bueno, também defensor de Bolsonaro, defendeu que o ex-presidente não tinha intenção de golpe de Estado nem de prosseguir com qualquer projeto criminoso apontado na denúncia.

Segundo Bueno, é fundamental que o ex-presidente seja absolvido.

Veja Também