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sábado, 20/12/2025

Argentina autoriza extradição de cinco brasileiros condenados pelo 8 de janeiro

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A Justiça da Argentina decidiu enviar de volta para o Brasil cinco brasileiros que foram condenados por envolvimento nos atos violentos de 8 de janeiro e que estavam escondidos no país. A determinação partiu do juiz Daniel Eduardo Rafecas, do Tribunal Criminal número 3 de Buenos Aires, no dia 3 de outubro.

Os cinco brasileiros — Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, Joelton Gusmão de Oliveira, Joel Borges Correia, Wellington Luiz Firmino e Ana Paula de Souza — foram presos ao tentarem entrar na Argentina. Eles foram julgados e condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentarem dar um golpe no governo. Não foi possível localizar a defesa deles.

Em novembro do ano passado, o juiz Rafecas tinha ordenado a prisão de 61 brasileiros que estavam foragidos e que tiveram pedidos de extradição feitos pelo Brasil por sua participação em atos contra a democracia.

A decisão de extraditar os brasileiros atende a um pedido do ministro Alexandre de Moraes e foi realizada após solicitação da Polícia Federal (PF).

Um dos que será enviado de volta é Joelton Gusmão de Oliveira. Ele é natural de Vitória da Conquista (BA) e foi condenado a 17 anos de prisão em fevereiro deste ano pelos crimes de tentativa de acabar com a democracia, golpe de Estado, dano ao patrimônio público, deterioração de bens tombados e associação criminosa armada.

De acordo com relatório da Polícia Federal, Oliveira gravou vídeos em seu celular em que dizia que “é assim que se toma o poder” e incentivava outras pessoas a subirem a rampa do Congresso Nacional. Em um dos vídeos, ele aparece dentro de um prédio público comemorando e dizendo que estava “dentro da nossa casa”, enquanto filmava a esposa comemorando também, e é possível ouvir uma explosão ao fundo.

No plenário do Senado, Oliveira gravou sua esposa usando um microfone e dizendo que eles exigem intervenção militar porque todo poder vem do povo, juntando-se a um coro de apoio a essa ideia. A esposa dele, Alessandra Faria Rondon, também foi condenada a 17 anos de prisão.

Rodrigo de Freitas Moro Ramalho

Moro em Marília, interior de São Paulo, Ramalho estava foragido desde abril do ano passado, quando a polícia perdeu o sinal de sua tornozeleira eletrônica. Essa medida foi imposta para que cumprisse liberdade provisória, concedida por Alexandre de Moraes em agosto de 2023. Ele foi preso em novembro do ano passado.

Ramalho é entregador de comida e pai de dois filhos. Foi preso em flagrante no dia 8 de janeiro de 2023, durante os atos golpistas, e condenado a 12 anos e seis meses de prisão, além de um ano e seis meses de detenção. Ele também deve pagar R$ 30 milhões, divididos entre todos os condenados, a título de danos morais coletivos.

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