Os países árabes emitiram um comunicado conjunto manifestando apoio ao plano de paz para o conflito na Faixa de Gaza, apresentado pelo presidente Donald Trump. O acordo propõe 20 condições, tendo como objetivo principal transformar Gaza em uma área livre de terrorismo e radicalização. A posição foi divulgada nesta segunda-feira (29/9) na rede social X, onde os ministros árabes destacam os "esforços sinceros" para encerrar a guerra.
O documento contou com a participação da Arábia Saudita, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Paquistão, Turquia, Catar e Egito, sendo assinado pelos respectivos ministros das Relações Exteriores.
“Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países árabes reconhecem a liderança do presidente Donald Trump e seus esforços genuínos para terminar o conflito em Gaza, expressando confiança em sua capacidade de conduzir o caminho para a paz”, diz o comunicado.
Os ministros destacam pontos previstos no plano, apoiando a reconstrução de Gaza, a prevenção da remoção forçada da população palestina e a rejeição à anexação da Cisjordânia por Israel.
Além disso, Trump sugeriu a formação de um órgão de paz temporário em Gaza, gerido por um comitê palestino independente e apolítico, sob supervisão do Conselho Internacional de Paz. Essa entidade seria liderada pelo presidente dos EUA, com apoio de outras autoridades internacionais, como o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
Os ministros expressam disposição para colaborar positivamente com os Estados Unidos e demais partes envolvidas, visando a finalização do acordo e sua implementação, assegurando paz, segurança e estabilidade na região.
Os chanceleres reafirmaram o compromisso de trabalhar juntos com os EUA para um acordo abrangente que atenda amplamente os desejos de Israel e do Hamas. Foi enfatizada a necessidade urgente de entrega plena de ajuda humanitária em Gaza para cessar os sofrimentos da população palestina.
Pontos principais do acordo
Além da proposta de uma Gaza livre de terrorismo, o plano defende a reconstrução do território com foco em auxílio humanitário. Um cessar-fogo imediato é uma condição fundamental — caso ambos os lados aceitem, os ataques serão suspensos.
O acordo determina que o Hamas deve libertar os reféns sob seu controle em até 72 horas. Do lado israelense, o primeiro-ministro Netanyahu deve liberar cerca de 1,9 mil prisioneiros palestinos, dos quais 1,7 mil foram detidos desde o início do conflito em 2023, e outros 250 cumprem prisão perpétua.
Contrariando rumores anteriores, o presidente dos EUA descartou a expulsão de palestinos, garantindo que os residentes de Gaza poderão permanecer em suas casas se assim escolherem.