Categoria quer pressionar governo por mais vacinas para profissionais. Atualmente, doses remanescentes são destinadas aos policiais
Os policiais civis do Distrito Federal vão se reunir em assembleia, na tarde desta quarta-feira (14/4), para deliberar sobre uma paralisação da categoria. O grupo está insatisfeito com o ritmo da vacinação dos profissionais contra a covid-19.
Os agentes cobram do governo local a imunização de todos os profissionais, que, neste momento da campanha de vacinação, podem receber as doses da “xepa”: o que sobra nos frascos após do fim dos trabalhos diários nos postos de saúde. Em nota, o Sindicato dos Policiais do Distrito Federal (Sinpol-DF) lembrou a morte de dois agentes, no fim de semana, que contraíram a infecção.
“O sindicato reitera que os policiais civis não pararam de trabalhar um dia sequer durante a pandemia e estão
diariamente sob alto risco de contaminação, já que não é possível fazer Segurança Pública por teletrabalho”, diz a nota.
“Quem está no expediente e realiza as investigações ainda não foi vacinado. As doses que já chegaram são insuficientes. Estamos com problemas nos locais das doses excedentes onde os policiais civis estão sendo preteridos. Nosso desejo é que encerre logo a vacinação dos policiais antes de iniciar outras categorias”, afirma o diretor do Sinpol, Alex Galvão. Ele reclama que a categoria está sendo vacinada “a conta-gotas”.
A primeira etapa de vacinação contra a covid-19 de profissionais das forças de segurança começou na semana passada, em 5 de abril. Ao todo, 2.310 doses foram disponibilizadas. A Polícia Civil estabeleceu que 350 agentes que atuam diretamente nas ações sanitárias de combate à pandemia é que seriam imunizados.