Um avião militar dos Estados Unidos que chegou ao Brasil na última terça-feira (19/8), sem marcações externas e que gerou dúvidas sobre uma possível operação secreta, partiu do país nesta quinta-feira (21/8). O modelo, um Boeing 757-200 da Força Aérea americana, fez escala em Porto Alegre e São Paulo antes de seguir viagem, contudo o destino final permanece desconhecido.
Conforme informações de membros das Forças Armadas e da Polícia Federal (PF), o avião transportava diplomatas norte-americanos. Após desembarcarem no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, os diplomatas se dirigiram ao consulado-geral dos EUA localizado no bairro Passo d’Areia. A PF ficou responsável pelo controle migratório das autoridades.
Esta aeronave é usada em missões especiais pelo governo americano e é frequentemente vinculada a deslocamentos de agentes da Agência Central de Inteligência (CIA), além de diplomatas e militares.
Trajeto no Brasil
De acordo com registros de voo, o Boeing 757-200, com matrícula 00-9001, deixou os Estados Unidos na segunda-feira (18/8), saindo da base militar de Wrightstown, em Nova Jérsei. Antes de chegar ao Brasil, fez paradas em Tampa (Flórida) e San Juan (Porto Rico).
No Brasil, aterrissou em Porto Alegre na manhã de terça (19/8) e, ainda no mesmo dia à noite, seguiu para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde pousou às 21h48.
Na quinta-feira (21/8), o avião saiu de São Paulo às 11h05, chegando a San Juan (Porto Rico) às 16h33, conforme dados do site Flightradar24. O próximo destino não foi divulgado.
Informações oficiais e sigilo na missão
Embora a presença de diplomatas tenha sido confirmada, as autoridades brasileiras não divulgaram detalhes sobre os objetivos da visita. O Ministério da Defesa informou apenas que autorizou o pouso da aeronave em território nacional.
Segundo dados oficiais dos EUA, o Boeing 757 pertence ao 150º Esquadrão de Operações Especiais da Força Aérea americana, que realiza missões de transporte ligadas ao Departamento de Estado, podendo envolver diplomatas, militares e agentes de inteligência.
Consultada pelo Metrópoles a respeito da finalidade da viagem, da composição da equipe diplomática e das atividades planejadas no Brasil, a embaixada dos Estados Unidos em Brasília limitou-se a afirmar que as autoridades brasileiras deram autorização para o trajeto.