O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu de sua casa na manhã deste domingo (14/9) para realizar um procedimento dermatológico no hospital DF Star. Esta foi a sua primeira saída desde que foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Apoiadores estiveram presentes no local, saudando o ex-mandatário em sua chegada.
Em coro, os seguidores entoaram “Mito! Mito! Mito!” enquanto Bolsonaro recebia as demonstrações de apoio sem demonstrar reação.
Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista. Além disso, ele recebeu sentenças por outros quatro crimes: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Os manifestantes gravaram vídeos em apoio a Bolsonaro, alegando: “Não há provas. Bolsonaro é inocente. Anistia já.”
Desde 4 de agosto, Bolsonaro está em prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares, e sua saída foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes para realização do procedimento médico.
O pedido para a liberação incluiu um relatório médico recomendando a remoção de múltiplas lesões cutâneas, descritas como “nevo melanocítico de tronco” e “neoplasia de comportamento incerto da pele”. Lesões conhecidas popularmente como pintas, que são geralmente benignas, mas que requerem supervisão em casos de mudanças no tamanho, forma ou cor.
O procedimento cirúrgico ocorreu às 10h e teve duração prevista de duas horas, realizado pelo médico Claudio Birolini, que também realizou uma cirurgia no intestino do ex-presidente em abril deste ano. Bolsonaro deve receber alta ainda no mesmo domingo.
A escolta policial que acompanhou o transbordo de Bolsonaro ao hospital incluiu sete carros e seis motos da Polícia Penal do Distrito Federal, conforme aprovado por Moraes.
Na ida ao hospital, Bolsonaro esteve acompanhado pelos seus filhos: o vereador de Balneário Camboriú (SC), Jair Renan (PL), e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL).