A Enel prometeu resolver o apagão até domingo (14), mas na segunda-feira (15), 51.911 residências na região metropolitana de São Paulo ainda estavam sem energia, número que aumentou desde as 7h30, quando eram 28 mil imóveis afetados.
O problema se estende pelo quinto dia consecutivo, depois da forte ventania causada pelo ciclone extratropical que atingiu o Sudeste na quarta-feira (10). A Enel não cumpriu a liminar da Justiça expedida na sexta-feira (12), que exigia o restabelecimento da energia em até 12 horas — já passaram mais de 48 horas do prazo.
Apenas na capital paulista, 37.987 imóveis permanecem sem eletricidade.
Em nota no sábado, a Enel não mencionou a liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, respondendo a uma ação do Ministério Público estadual. No comunicado, a empresa previa o fim do apagão até a noite seguinte, sem informar o prazo até então.
A decisão da Justiça prevê multa de R$ 200 mil por hora de atraso na solução do problema.
Segundo o site da concessionária, 99% dos clientes afetados pelo ciclone já tiveram a energia restabelecida. A empresa destacou que desde quarta-feira mobilizou até 1.800 equipes para trabalhar no atendimento durante esses dias.
O Ministério de Minas e Energia declarou que a Enel pode perder a concessão de distribuição em São Paulo caso não cumpra todos os índices de qualidade e obrigações contratuais do setor.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, informou que irá propor uma agenda com o governador do estado e o prefeito de São Paulo para alinhar responsabilidades e atuação em conjunto.

