A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na quarta-feira (17/9) a proibição da venda e utilização de um lote do medicamento furosemida injetável, fabricado pela empresa Hypofarma. Essa decisão foi publicada no Diário Oficial da União após a confirmação da presença de partículas que lembram caco de vidro dentro das ampolas do remédio.
De acordo com o relatório, a Vigilância Sanitária Municipal de Jaraguá do Sul (SC) detectou o problema em 14 de julho de 2025 e forneceu um parecer acompanhado de evidências fotográficas. Em razão da falha na qualidade, foi determinada a recolha imediata do lote 24111911, que tem validade até novembro de 2026.
O medicamento afetado, furosemida injetável 10 mg/ml, é comercializado em embalagens com 100 ampolas de 2 ml cada. Esse diurético é frequentemente utilizado em ambientes hospitalares e clínicas para tratamento de edemas, insuficiência cardíaca, hipertensão, entre outras condições que requerem a eliminação de líquidos do corpo.
Medida preventiva
A Anvisa ordenou a suspensão da comercialização, distribuição e uso do lote comprometido, cabendo à fabricante Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda. realizar o recolhimento.
Essa medida está respaldada pelo artigo 7º da Lei nº 6.360/1976 e pelo artigo 6º da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 625/2022, que tratam da responsabilidade sanitária diante de irregularidades em medicamentos.
Orientação para pacientes e profissionais de saúde
Pacientes e profissionais que possuam unidades do medicamento do lote interditado devem suspender seu uso imediatamente e entrar em contato com a farmácia ou distribuidora para proceder à devolução. A Anvisa recomenda que hospitais e clínicas reforcem os controles internos para evitar o uso de produtos recolhidos.
Outras medidas
Em outra decisão, a Anvisa proibiu a fabricação, venda, publicidade e uso de todos os medicamentos da empresa Verde Flora Produtos Naturais Ltda., devido à promoção e comercialização de produtos sem registro oficial, incluindo cápsulas de cúrcuma e extratos de chá verde e centella asiática.
Essa empresa já havia enfrentado interdição em agosto, após operação conjunta identificar uma fábrica clandestina de suplementos alimentares, produção irregular de fitoterápicos e condições sanitárias precárias em suas instalações.
Estas novas proibições acrescentam-se a um histórico de irregularidades da empresa, que permanece sob monitoramento rigoroso das autoridades sanitárias.
Até o fechamento desta matéria, a Hypofarma não havia respondido ao contato por e-mail. O espaço para posicionamento permanece aberto.