A Anvisa determinou na quinta-feira (27) o recolhimento de alguns lotes de sabão líquido da marca Ypê usados para lavar roupas, devido à presença de uma bactéria que pode causar infecções.
A empresa Química Amparo, responsável pelos produtos, encontrou a bactéria Pseudomonas aeruginosa em determinados lotes de lava-roupas líquidos. Os produtos afetados são:
- Lava roupas líquido Ypê Express (lotes 170011, 220011, 228011, 203011, 181011, 169011, 169011, 205011 e 176011);
- Lava roupas líquido Tixan Ypê (lotes 254031 e 193021);
- Lava roupas líquido Ypê Power Act (lotes 190021, 223021 e 228031).
A Anvisa também suspendeu a venda, distribuição e o uso desses lotes especificados, conforme divulgado no Diário Oficial da União.
A empresa afirmou que já havia identificado e comunicado a necessidade de recolher os produtos. Em nota, destacou que a medida é preventiva e que o risco de saúde para o consumidor é baixo, considerando o uso normal do produto, que é diluído em água e não tem contato prolongado com a pele.
Riscos para a saúde
A bactéria Pseudomonas aeruginosa pode causar desde infecções leves na pele até problemas graves em órgãos internos, como pulmões e coração, conforme explica o Manual MSD, do laboratório Merck Sharp & Dohme.
As infecções causadas por essa bactéria incluem otite externa (conhecida como “ouvido de nadador”), feridas na pele, infecções oculares, musculares, urinárias e até na corrente sanguínea. Pessoas com doenças graves, sistema imunológico comprometido, diabetes, fibrose cística ou hospitalizadas têm maior risco de complicações.
O contágio é mais comum em ambientes úmidos e em hospitais, onde a bactéria pode estar presente em pias, soluções antissépticas e equipamentos médicos.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da infecção é feito por exame laboratorial de fluidos corporais. O tratamento pode envolver antibióticos tópicos para infecções externas leves ou medicamentos via oral ou intravenosa para casos mais sérios, sempre sob orientação médica.
Outras ações da Anvisa
A Anvisa também mandou recolher todos os lotes de um produto capilar da marca Smart Hair Micro – Smart Gr, da empresa Klug Indústria Química e de Cosméticos. O órgão considerou que o produto foi irregularmente registrado como cosmético, pois seu uso é invasivo além da superfície da pele e cabelos. Assim, a venda, distribuição, fabricação, propaganda e uso do produto estão proibidos.
