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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O dólar começou o dia com uma leve alta nesta quarta-feira (26), seguindo o desempenho de outras moedas no mercado internacional, como o peso chileno e o peso mexicano.

No Brasil, especialistas analisam os dados do IPCA-15, que é uma prévia da inflação oficial. Esse índice subiu 0,20% em novembro, conforme divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em outubro, o índice havia registrado 0,18%.

Por volta das 9h09, o dólar subia 0,10%, cotado a R$ 5,3816. Na terça-feira, a moeda americana havia caído 0,35%, fechando a R$ 5,376. O movimento refletiu o cenário externo e a atenção dos investidores em dados econômicos dos Estados Unidos e nas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Durante o pregão, o mercado ficou atento à votação no Senado de uma pauta polêmica sobre aposentadoria para agentes de saúde, e também às expectativas de que o Fed (Banco Central dos EUA) poderá reduzir os juros em dezembro.

A Bolsa, por sua vez, avançou 0,40%, chegando a 155.910 pontos, acompanhando índices de Wall Street.

Embora a Bolsa tenha estado em alta e o dólar em baixa pela manhã, esses sinais inverteram brevemente após falas do presidente do Banco Central no Senado, voltando a se ajustar até o final do pregão.

Na audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Gabriel Galípolo afirmou que o Banco Central deve focar na meta de inflação de 3%, não no limite de 4,5%. Ele explicou que a banda de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos serve somente para suavizar variações, mas a meta principal não é o limite superior.

Galípolo também expressou preocupação por projeções indicarem que o Banco Central pode não atingir a meta de 3% durante seu mandato.

Para o especialista Ian Lopes, da Valor Investimentos, tais comentários evidenciam a dificuldade em alcançar a meta e influenciaram o mercado negativamente, especialmente considerando a pauta polêmica no Senado.

Na segunda-feira, em evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o presidente do Banco Central já havia declarado insatisfação com o atual nível da inflação e ressaltou que a entidade deve se focar na inflação, não na política fiscal.

Sobre questões bancárias recentes, Gabriel Galípolo comentou que falhas podem ocorrer em bancos, citando exemplos internacionais, e destacou a importância de aprender e inovar para evitar problemas futuros.

Leonel Mattos, analista da StoneX, disse que as falas do presidente do Banco Central reforçam a atual política da instituição, apontando necessidade de manter o aperto monetário por mais tempo devido ao comportamento da inflação.

Na agenda nacional, está prevista para esta terça-feira a votação no Senado de um projeto que regula a aposentadoria especial dos agentes comunitários de saúde, após o encerramento do mercado.

Essa proposta assegura aposentadoria com salário integral e reajuste igual ao dos servidores ativos para aqueles que cumprirem os critérios mínimos de idade e tempo de serviço.

Considerada uma pauta polêmica, apelidada de “contrarreforma da Previdência” por membros do governo, pode impactar as contas públicas entre R$ 20 bilhões e R$ 200 bilhões nos próximos anos.

Em outubro, a Câmara já havia aprovado uma emenda constitucional com efeito similar, que flexibilizou regras para vínculos temporários e aposentadoria desses agentes.

No cenário internacional, o destaque foi para os dados econômicos dos Estados Unidos divulgados pela manhã, sobre preços ao produtor e vendas no varejo.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor teve alta de 0,3% em setembro, conforme previsto por economistas.

Nos últimos 12 meses até setembro, esse índice acumulou aumento de 2,7%, mesmo percentual registrado em agosto.

As vendas no varejo nos Estados Unidos cresceram 0,2% no mesmo mês, menos que a expectativa de 0,4%, refletindo o consumo das famílias.

Esses dados influenciam as expectativas em torno da decisão do Fed de possivelmente reduzir juros na reunião de dezembro, com chance estimada em 82,7% para que a taxa seja reduzida para entre 3,50% e 3,75%.

Especialistas destacam que os dirigentes do Fed terão dificuldade para decidir devido à falta de dados recentes, resultado da paralisação do governo americano no início do mês.

No dia seguinte, foi divulgado que a economia dos EUA criou 119 mil empregos em setembro, superando a previsão de 50 mil.

Esse relatório, conhecido como “payroll”, é uma métrica importante para a política do Fed, mas o último dado disponível está defasado, com atualização prevista somente para 16 de dezembro.

Leonel Mattos destacou que essa situação complica o cenário para o Banco Central americano, que terá que atuar com dados antigos.

Reduções nas taxas de juros nos EUA geralmente são positivas para os mercados globais, já que os títulos do Tesouro americano são vistos como investimentos muito seguros.

Quando os juros estão altos, investidores tendem a retirar recursos de outros mercados para investir nas opções mais rentáveis dos títulos americanos; quando os juros diminuem, há um movimento maior em diversificação para alternativas de investimento.




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