A suspeita é de que os itens sejam importados a custo mais baixo; caso foi passado à área de inteligência da Receita
A Anvisa fez uma batida em hospitais e distribuidores de medicamentos e equipamentos médicos em quatro estados. O resultado das diligências é grave.
A agência encontrou luvas que não têm as especificações nem a certificação do órgão sendo usadas em procedimentos médicos.
Os técnicos inspecionaram quatro distribuidoras em Goiânia; três distribuidoras e dois hospitais no Distrito Federal; duas distribuidoras em Macapá; e outras três em São Paulo.
A suspeita é de que o esquema ocorra da seguinte forma: os estabelecimentos importam, a custo infinitamente mais baixo, luvas de uso geral para serem utilizadas em intervenções médicas.
Numa dessas, o paciente corre o risco de pagar a diferença, da forma mais dramática possível.
Para a Coordenação de Segurança Institucional, a origem do drama está nos portos e aeroportos.
Historicamente, a fiscalização do que chega ao Brasil, sobretudo de navio, é falha e, em algumas ocasiões, dragada por maracutaias.
A Anvisa sabe disso.
O caso foi passado à Gerência Geral de Portos e Aeroportos e à área de inteligência da Receita para que se reforce o rastreamento de containeres que contenham a luvas.