Agência fez inspeções após receber diversas queixas e verificou que o problema ocorre na extração do imunizante. Em razão de seringas inadequadas, há desperdício.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta segunda-feira (17/05), o resultado de uma investigação sobre possíveis reduções de doses da vacina Coronavac. A medida ocorre após o órgão receber queixas técnicas acerca do imunizante contra a covid-19.
“Não houve falha técnica no envase na vacina e que os frascos da vacina contêm 10 doses, conforme previsto”, informou a Anvisa em comunicado oficial.
De acordo com avaliação, o fato de os frascos renderem menos de 10 doses relaciona-se a erros de extração multidose. Especialmente pelo uso de seringas inadequadas (a utilização de seringas de 3 ml não seria apropriada para retirar as vacinas com doses de 0,5 ml).
O mais adequado para retirada e aplicação do líquido são as seringas de 1 ml, pois têm maior precisão para cada dose.
Inspeção
Para chegar ao resultado, a Anvisa fez uma inspeção na linha de envase da Coronavac — vacina produzida no Instituto Butantan (São Paulo), em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Cada frasco tem entre 5,5 e 5,9 ml, o correspondente a 10 doses, já considerada a margem de segurança.
“Também foram realizados testes de extração e a avaliação de queixas relativas a seringas e agulhas, constantes no banco de dados da Agência”, finalizou a Anvisa.