A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforçou que a mamografia para detectar câncer de mama deve começar aos 50 anos. Essa decisão foi destacada na 10ª reunião extraordinária da Diretoria Colegiada (Dicol) realizada na segunda-feira (28/7), durante o lançamento do manual de boas práticas para o cuidado oncológico.
Em março deste ano, após encontro entre a ANS e diversas entidades médicas, os critérios foram discutidos e a cobertura obrigatória para a mamografia bilateral permanece inalterada, devendo ser disponibilizada sempre que o médico recomendar, independentemente da idade.
Na reunião, também foram apresentados os parâmetros para a certificação de boas práticas para operadoras de planos de saúde, que queiram adotar medidas extras no cuidado das pacientes, sem modificar as regras básicas de cobertura. As operadoras certificadas receberão o selo OncoRede.
Para conquistar a certificação, as empresas precisam atuar em três áreas principais:
- Rastreamento personalizado: implementar o exame para mulheres entre 40 e 74 anos conforme recomendação médica.
- Contato ativo: lembrar a cada dois anos as mulheres de 50 a 69 anos sobre a necessidade da mamografia.
- Rastreamento para risco elevado: garantir exame individualizado para pacientes com maior risco, em qualquer idade, baseado na indicação médica.
O câncer de mama é causado pela multiplicação anormal das células na mama, formando um tumor. Apesar de ser mais comum em mulheres, também pode afetar homens.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), existem diferentes tipos da doença, com variações no ritmo de crescimento. O diagnóstico precoce melhora muito o prognóstico.
Fatores ambientais, genéticos, hormonais e de estilo de vida podem aumentar o risco da doença, que é mais comum em pessoas com mais de 50 anos.
O autoexame permanece como uma ferramenta importante para identificar sinais precoces. Deve ser feito em três situações distintas: em frente ao espelho, em pé e deitada, observando qualquer alteração no formato ou textura dos seios.
Os sintomas principais incluem caroços indolores, mudança na pele ou no bico do peito, saída de líquido pelo mamilo, nódulos nas axilas ou pescoço, e vermelhidão da pele da mama.
Na dúvida, é fundamental procurar um médico para realização de exames oficiais como a mamografia. A presença de pequenos nódulos não indica necessariamente câncer, mas qualquer alteração persistente deve ser avaliada.
O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica, variando conforme o estágio e características do tumor.
Quando diagnosticado no início, o tratamento apresenta melhores resultados. Nos casos em que o câncer avança para outros órgãos, o objetivo é prolongar a vida e melhorar a qualidade do paciente.
Fica estabelecido que nenhuma operadora, certificada ou não, poderá recusar a mamografia solicitada pelo médico.