Após um período de um ano sem novos leilões para exploração de petróleo e gás natural no Brasil, o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC), organizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), conseguiu vender 34 dos 172 blocos disponíveis, arrecadando R$ 989,2 milhões.
O leilão contou com um ágio total de 534,47% e a participação de nove empresas. Os investimentos planejados para esses blocos somam R$ 1,4 bilhão, apesar das projeções iniciais do Ministério de Minas e Energia indicarem uma arrecadação potencial de R$ 444 milhões em bônus de assinatura, além de mais de R$ 3,2 bilhões em investimentos exploratórios mínimos.
O prazo para entrega dos documentos de qualificação das empresas vencedoras termina em 9 de julho, com mais três etapas documentais previstas antes da assinatura dos contratos de concessão, marcada para 28 de novembro.
A ANP reforçou seu compromisso com a sustentabilidade, implementando critérios adicionais para garantir que a exploração seja feita de modo responsável. Patrícia Baran, diretora geral interina da ANP, destacou que ajustes foram feitos para proteger áreas próximas a terras indígenas, territórios quilombolas e zonas de preservação, representando um avanço significativo para alinhar aspectos sociais e ambientais, excluindo áreas mais sensíveis.
Ao todo, 31 companhias estavam habilitadas a participar, entre elas Petrobras, Aguila Energia, Apoema, Atem, BP Energy, Chevron, as chinesas CNODC e CNOOC, Dillianz, Dimensional Engenharia, Ecopetrol, Energizzi, Equinor, ExxonMobil, Federal Energia, Fluxus Óleo, Gás & Energia, Grupo Ubuntu, Karoon, Mandacaru Energia, Newo Óleo e Gás, NTF Óleo e Gás, Origem Energia, Petroborn Óleo e Gás, Petrogal, PetroRecôncavo, QatarEnergy, Shell, Sinopec, TotalEnergies e Westlawn Energia.