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domingo, 21/12/2025

Animais de estimação em situação difícil no Brasil: como ajudar

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Em Brasília

Um estudo realizado em novembro de 2024 pelo Instituto Pet Brasil (IPB), em colaboração com a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), trouxe à tona uma realidade preocupante: aproximadamente 4,8 milhões de cães e gatos vivem em condições vulneráveis no Brasil, acompanhando famílias que estão abaixo da linha da pobreza.

Esses animais pertencem a famílias com poucos recursos ou são cuidados por pessoas sem moradia fixa, que fazem o possível para garantir sua alimentação e bem-estar. Do total, 60% são cães e 40% gatos.

Embora o abandono seja uma preocupação crescente, apenas 4,2% destes pets chegam a ONGs para serem colocados para adoção, o que evidencia a necessidade urgente de ações mais abrangentes. A posse responsável é fundamental para mudar esse cenário. Ter um animal exige planejamento: alimentação apropriada, cuidados veterinários e um ambiente seguro são essenciais para oferecer qualidade de vida.

Esses animais não estão necessariamente abandonados. A pesquisa revela que apenas 4,2% acabam efetivamente em situação de rua, cerca de 201 mil animais. A maioria permanece com suas famílias, mesmo em situações difíceis. Em muitos casos, os tutores esforçam-se para prover o mínimo necessário, mesmo com dificuldades como falta de alimento e atendimento veterinário.

Localização dos animais vulneráveis

De acordo com o IPB, 60% dos animais vulneráveis são cães (aproximadamente 2,88 milhões) e 40% são gatos (1,92 milhão). A concentração desses pets está nas regiões mais populosas do país. A maioria das ONGs e abrigos para esses animais está na Região Sudeste (46%), seguida pelo Sul (18%) e Nordeste (17%).

O estudo considera animais que vivem em famílias de baixa renda, mas que recebem algum cuidado, seja de um tutor fixo ou de comunidades que se organizam para alimentá-los, ainda que informalmente.

O papel das ONGs

Hoje, cerca de 400 ONGs no Brasil cuidam de mais de 200 mil cães e gatos resgatados. Muitas funcionam exclusivamente com doações e enfrentam dificuldades para atender a demanda crescente. Muitas operam no limite da capacidade, o que reforça a necessidade de políticas públicas e ações preventivas.

Um exemplo é a ONG Patinhas Unidas, formada por pessoas apaixonadas por animais. Esta ONG trabalha no resgate, reabilitação e adoção responsável de cães e gatos abandonados. Desde sua criação, mais de 800 animais já foram adotados graças ao esforço da equipe e da comunidade.

A atuação da Patinhas Unidas vai além das adoções: realiza campanhas de castração, educação sobre posse responsável e arrecadação de alimentos, remédios e insumos essenciais para reduzir o abandono no futuro.

Sustentada por doações e voluntariado, a ONG possui forte presença digital, compartilhando histórias de resgate, campanhas e eventos de adoção, engajando a população e ampliando a rede de apoio à causa animal.

Como ajudar os pets em situação vulnerável

Apesar do número elevado de animais vulneráveis no Brasil, existem maneiras práticas de ajudar e evitar que essa situação piore. Veja algumas formas:

  1. Adote com responsabilidade: Adoção transforma vidas, mas deve ser feita com consciência. Avalie se você tem condições de cuidar, alimentar e oferecer atenção ao pet. Adoções impulsivas podem causar devoluções e agravar o problema.
  2. Doe alimentos e produtos de saúde animal: ONGs e protetores independentes necessitam de apoio contínuo. Doações podem incluir:
    • Ração (seca ou úmida)
    • Vermífugos e antipulgas
    • Produtos de higiene (xampu, tapetes higiênicos)
    • Medicamentos veterinários

    Muitas instituições aceitam doações presenciais ou via PIX, facilitando ajudar mesmo a distância.

  3. Seja voluntário(a): Tempo é valioso. ONGs precisam de ajuda em cuidados diários, eventos de adoção, divulgação em redes sociais, campanhas de arrecadação e organização administrativa.
  4. Compartilhe informações úteis: Muitas famílias desconhecem acesso a castração gratuita, atendimento veterinário a baixo custo e doações. Divulgar essas informações em grupos comunitários, redes sociais ou pessoalmente pode fazer diferença.
  5. Fortaleça redes de apoio: A causa animal necessita de união e políticas públicas. Apoie projetos comunitários, participe de ações locais e cobre das autoridades atenção à causa animal.

Contribuir para o cuidado de pets vulneráveis é um gesto simples que promove uma sociedade mais empática, onde o respeito e o cuidado se estendem também aos animais que não podem pedir ajuda.

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