SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (29) que a bandeira tarifária para setembro continuará sendo a vermelha no patamar 2, igual ao estipulado para agosto. Isso significa que os consumidores terão um custo adicional de R$ 7,87 para cada 100 kWh consumidos na conta de luz.
Aneel explicou que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão com níveis de água abaixo da média, o que dificulta a geração de energia hidroelétrica. Por isso, as usinas termelétricas, que têm custo mais alto, precisam ser acionadas com mais frequência, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 no próximo mês.
Como funcionam as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para repassar mensalmente aos consumidores os custos variáveis da geração de energia no país. Em 2025, ele completou dez anos. Quando os custos para gerar energia aumentam, principalmente devido à baixa quantidade de água nos reservatórios, essa variação é refletida na conta de luz para incentivar o uso consciente de energia.
Antes, esses custos eram ajustados apenas de forma anual, o que podia gerar um aumento maior na conta se o consumo não fosse controlado.
Aneel decide todo mês qual bandeira será aplicada: verde, amarela, vermelha patamar 1 ou vermelha patamar 2. A escolha considera vários fatores, especialmente o PLD (Preço de Liquidação de Diferenças), que representa o custo da geração de energia e é influenciado principalmente pelo nível dos reservatórios e pela necessidade de usar usinas termelétricas.
Tipos de bandeiras tarifárias
- Verde: custo normal, sem cobrança extra;
- Amarela: custo moderado, com pequeno acréscimo;
- Vermelha: custo elevado, dividida em dois níveis, patamar 1 e patamar 2, com custos maiores.