Anderson Torres solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma acareação com o general Marco Antônio Freire Gomes e também a realização de perícias técnicas sobre um documento suspeito chamado minuta golpista. A acareação é um procedimento judicial onde as partes com versões divergentes são colocadas frente a frente para esclarecer os fatos.
Essa solicitação foi motivada por contradições entre os depoimentos de Anderson Torres e do general Freire Gomes sobre supostas reuniões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teriam discutido atos antidemocráticos. Enquanto Freire Gomes afirmou que Torres participou dessas reuniões e forneceu suporte jurídico, Torres nega envolvimento.
A defesa argumenta que há incoerências nos relatos e deseja esclarecer esses pontos por meio da acareação ou, caso não seja autorizada, um novo depoimento isolado do general. Além disso, a defesa pede que o Google seja requisitado para identificar quem inseriu o documento suspeito na internet, alegando que textos semelhantes circulam publicamente desde o final de 2022 sem que autores tenham sido identificados.
Outro pedido importante é que o STF autorize perícias técnicas para comparar o documento apreendido com outros anexados ao processo, buscando comprovar que o material encontrado com Torres não tem ligação com mensagens de teor antidemocrático utilizadas na acusação.
Além disso, a defesa solicitou perícia audiovisual para analisar a participação de Torres em uma transmissão ao vivo ao lado do ex-presidente Bolsonaro, ocorrida em julho de 2021. A intenção é mostrar que ele apenas leu recomendações técnicas feitas por peritos da Polícia Federal, afastando a acusação de propagação de desinformação.
Esses pedidos são parte de diligências complementares que sucedem a fase de interrogatórios e agora aguardam decisão do relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.