O Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima ajustou sua previsão para a taxa Selic no final de 2025, esperando que ela fique em 15% ao ano, um pouco acima da estimativa anterior de 14,75%.
Espera-se que o Banco Central inicie a redução dos juros na primeira reunião de 2026, diminuindo a Selic em 0,25 ponto percentual para 14,75%.
Na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, a taxa básica de juros deve continuar em 15% e permanecer nesse nível durante a segunda metade de 2025.
O coordenador do Grupo, Fernando Honorato, explica que a economia brasileira deve desacelerar no segundo semestre, com a inflação caindo e o dólar desvalorizado, criando condições para o Banco Central baixar a Selic no início do ano seguinte.
A projeção para a inflação medida pelo IPCA foi ajustada para 5%, uma redução em relação à previsão anterior de 5,3%. Também se espera que o dólar termine o ano cotado a R$ 5,60, abaixo dos R$ 5,75 previstos anteriormente.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi revisado para 2,3%, um pouco maior que a última estimativa de 2,2%, graças aos bons resultados do primeiro semestre. Contudo, o ritmo da economia deve diminuir na segunda metade do ano.
Sobre as finanças públicas, os economistas preveem uma leve redução da dívida bruta do setor público, que deve ir de 80% para 79,8% do PIB, enquanto o déficit primário permanece estimado em 0,6% do PIB para este ano.
Fernando Honorato também comentou sobre a proposta dos EUA de cobrar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Ele ressalta que é difícil prever os efeitos dessa medida no mercado interno devido à incerteza sobre sua implementação e impacto.
Estadão Conteúdo