“No mínimo, o que os Estados Unidos estão fazendo na Ucrânia não é uma guerra. Se até agora evitamos chamá-la de guerra, e podemos continuar fazendo-o, talvez seja só porque nos tornamos muito inseguros do significado da palavra”, destacou no artigo.
Para confirmar a sua argumentação, a analista chamou atenção para as mudanças no discurso oficial da Casa Branca em relação ao conflito na Ucrânia. “Em março o objetivo dos Estados Unidos era ajudar a Ucrânia a se defender, mas em finais de abril o objetivo se transformou em ver a Rússia ‘enfraquecida'”.
Além disso, a pesquisadora lembra que uma parte considerável do pacote de ajuda de US$ 40 bilhões (R$ 207,5 bilhões) de Washington a Kiev está destinada para o envio do armamento e a entrega de dados de inteligência.
Kristian sublinha que antes se podia determinar de modo mais fácil quando um país participava de um conflito, mas agora “a linha entre o que é guerra e o que não é se desfocou de forma perigosa”, parcialmente devido aos avanços tecnológicos, tais como o uso de drones e ataques cibernéticos. Estes equipamentos permitem “cometer o que de outro modo poderia se considerar como atos de guerra”, explica.