Proposta que cria diretrizes para o atendimento a moradores de rua em todo o estado precisa ser sancionada pelo governador e regulamentada.
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou em plenário, nesta terça-feira (22), o projeto de lei que institui a Política Estadual de Atenção Específica para a População em Situação de Rua no Estado.
A proposta ainda precisa ser sancionada pelo governador Geraldo Alckmin, que terá, em seguida, prazo de 90 dias para regulamentar a lei. O texto estabelece diretrizes para a assistência social que deve ser prestada a moradores de rua de todos os municípios do estado.
O projeto prevê que, entre os princípios da política para moradores de rua está a ”supressão de atos violentos e ações vexatórias” que produzam ou estimulem a discriminação.
A proposta também estabelece que a população de rua deve ser o público-alvo prioritário na intermediação de emprego, na qualificação profissional e na realização de parcerias com a iniciativa privada e com o setor público para a criação de postos de trabalho. O texto não específica como esse tipo de parceria será feita.
Para o autor da proposta, o deputado estadual Carlos Bezerra Jr (PSDB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp, o projeto trata de um assunto “urgente”.
“A lei, que agora segue para a sanção do governador, estabelece diretrizes em todo o estado para o cuidado, o olhar humanizado e o acolhimento da população em situação de rua. Ela avança no estabelecimento de diretrizes para a produção de dados quantitativos e qualitativos sobre a população nesta situação”, afirmou o deputado por meio de nota.
Comitê intersetorial
O projeto também estabelece a criação de um comitê intersetorial para acompanhar a implementação do projeto, “composto paritariamente por representantes da sociedade civil e das secretarias de Estado”.
O projeto prevê, ainda, a implementação de uma rede de acolhimento temporário, com padrão básico de qualidade, segurança, conforto, e garantia de acessibilidade e salubridade.