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quinta-feira, 23/10/2025

Alerta no DF: atenção ao aumento de escorpiões com as chuvas

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Com o retorno das chuvas no Distrito Federal, cresce o cuidado para evitar picadas de escorpiões. A água invadindo bueiros, caixas de energia e esgotos força esses animais a deixarem seus esconderijos, muitas vezes entrando nas casas em busca de locais secos.

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, até a semana epidemiológica 41 de 2024, foram registrados 4.212 casos de acidentes com animais peçonhentos, dos quais 3.556 (84,4%) foram por escorpiões. Em 2024, os escorpiões foram responsáveis por 86,1% dos acidentes, com vítimas principalmente entre 20 e 49 anos, distribuídas igualmente entre homens e mulheres.

A maioria dos casos foi leve (90,7%), mas 7,2% foram moderados e 1,2% graves, sendo que 69% dos casos graves ocorreram em crianças menores de 10 anos, todas tratadas com soro antiescorpiônico.

Escorpiões são animais noturnos sensíveis à temperatura, ficando menos ativos no frio e mais ativos com o aumento do calor e das chuvas. Os casos de picadas crescem a partir de agosto, alcançando o pico entre outubro e dezembro, mas acontecem durante o ano todo.

Durante períodos chuvosos, escorpiões e aranhas procuram locais secos para se abrigar, geralmente dentro das casas, aumentando os acidentes.

Esse aumento de acidentes ocorre em várias regiões do Brasil, impulsionado pelas mudanças climáticas, períodos de seca seguidos por chuvas intensas, crescimento desordenado das cidades, saneamento básico inadequado e acúmulo incorreto de lixo, que criam ambientes favoráveis para escorpiões, especialmente com a presença de baratas, seu alimento principal.

A construção civil também contribui para a dispersão e reprodução desses animais, com depósitos de materiais que facilitam seus esconderijos.

A Secretaria de Saúde realiza inspeções domiciliares para identificar pontos de risco e orienta a população a adotar medidas preventivas, como vedar portas com rodos, instalar telas nos ralos, controlar baratas e evitar o acúmulo de entulho. É importante sempre verificar sapatos, roupas e toalhas antes de usar e manter móveis afastados das paredes.

A SES também faz ações de controle ambiental, capturando escorpiões e modificando ambientes para dificultar a presença desses animais.

Em caso de picada, deve-se lavar o local com água e sabão, manter o membro elevado e buscar atendimento médico imediato. Se possível, fotografe o escorpião para ajudar na identificação, mas sem tentar capturá-lo.

No Distrito Federal, o atendimento a vítimas ocorre em unidades públicas, incluindo hospitals em diversas regiões. Em emergências, o SAMU ou Corpo de Bombeiros devem ser acionados.

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica está disponível 24 horas para dar orientações à população.

As espécies mais comuns no DF são o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), o escorpião de patas rajadas (Tityus fasciolatus) e o escorpião-preto (Bothriurus araguayae).

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