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domingo, 24/11/2024
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Alcolumbre pode assumir Desenvolvimento Regional ou Secretaria de Governo

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Prestes a deixar a Presidência do Senado, parlamentar está no radar de Bolsonaro para assumir uma das pastas na Esplanada: Desenvolvimento Regional ou Secretaria de Governo

(crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

 

A poucos dias de terminar o mandato no comando do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) está no radar do presidente Jair Bolsonaro para assumir uma das pastas do Executivo em fevereiro, na provável reforma ministerial que o chefe do Planalto deve promover na Esplanada para tentar aumentar a governabilidade. O nome do parlamentar agrada a Bolsonaro porque ele poderia fortalecer a articulação política com o Congresso.

Desde o fim de dezembro, Bolsonaro e Alcolumbre têm tratado sobre o assunto de forma reservada. Ao senador, o presidente ofereceu, pelo menos, o Ministério do Desenvolvimento Regional ou a Secretaria de Governo. O democrata já revelou a assessores e parlamentares mais próximos que gostaria de assumir a pasta atualmente chefiada por Rogério Marinho. A ambição dele é fortalecer a carreira política e permanecer em evidência, e o Desenvolvimento Regional pode auxiliá-lo, por se tratar de uma pasta que entrega resultados para o governo e que administra boa parte das emendas parlamentares.

A Secretaria de Governo, apesar de colocada em segundo plano, por enquanto, também interessa a Alcolumbre porque há uma insatisfação de parte do Congresso com o trabalho do ministro Luiz Eduardo Ramos. Caso assuma a pasta, o senador teria a chance de melhorar o ambiente e, principalmente, tentar avançar na tramitação de duas reformas estruturais que, até o momento, carecem de atenção do governo federal: a tributária e a administrativa.

A definição do destino de Alcolumbre, contudo, não deve ocorrer antes do fim de janeiro. Primeiro, porque ambas as pastas em negociação são lideradas por ministros benquistos por Bolsonaro. O presidente não abriria mão de Marinho e Ramos com tanta facilidade e teria de quebrar a cabeça para reorganizar a Esplanada com um dos dois em um ministério diferente, tarefa que lhe demandaria um tempo considerável.

Segundo, porque, por agora, Alcolumbre prefere centrar esforços na campanha de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), parlamentar escolhido por ele para sucedê-lo na Presidência do Senado e que tem o apoio de Bolsonaro. O democrata teme contaminar o processo eleitoral da Casa, caso opte por priorizar questões pessoais e, por isso, vai aguardar o resultado para decidir se aceita ou não ser ministro.

A bancada do DEM no Senado avalia que, de fato, esse não é o melhor momento para Alcolumbre tratar de uma incorporação ao alto escalão do Executivo. “O Davi está empenhado na eleição do Pacheco para a Presidência. Acho que, neste momento, o foco tem de ser a transição. A eleição das duas Mesas é importante para o Parlamento e para o governo, também. Qualquer discussão paralela, agora, envolvendo algum tipo de acomodação, não acho que seja adequada”, observa o vice-líder do governo no Congresso, senador Marcos Rogério (DEM-RO).

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