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sexta-feira, 27/06/2025




Alcolumbre e Motta cancelam ida ao STF após ensaiarem recado a Dino sobre emendas

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Ana Pompeu
Brasília, DF (FolhaPress)

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), desistiram de ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (27) para falarem sobre a obrigatoriedade do pagamento de emendas parlamentares.

A audiência pública foi convocada pelo ministro Flávio Dino. Ele marcou a reunião para discutir a execução das chamadas emendas impositivas no Orçamento. O documento de convocação continha várias críticas ao mecanismo feitas por especialistas.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, esperava-se que os dois líderes do Legislativo aproveitassem a sessão para enfatizar a importância desse tema para o Congresso e para enviar um sinal aos ministros de que uma decisão contrária poderia gerar descontentamento e agravar a tensão entre os Poderes.

Porém, na manhã desta sexta-feira, enquanto a audiência estava em andamento, as equipes de ambos informaram que eles não compareceriam e seriam representados por advogados das casas legislativas.

O controle do Congresso sobre o Orçamento federal foi conquistado ao longo da última década e é a principal causa do fortalecimento atual dos deputados e senadores.

As emendas parlamentares totalizam R$ 50 bilhões ao ano. Deste montante, 77% tem caráter impositivo, ou seja, o governo é obrigado a executar.

A audiência ocorreu a pedido de Dino para instruir o julgamento a respeito do orçamento impositivo, aprovado em 2015 para garantir a obrigatoriedade das emendas individuais ao Orçamento. Em 2019, a regra foi ampliada para incluir emendas de bancadas estaduais.

Ao abrir a sessão, Dino criticou a lentidão do STF na análise do tema. Segundo ele, quando se trata de dinheiro privado, cada um decide como usar, mas por se tratar de recursos públicos, é necessário cumprir as determinações da Constituição.

“Provavelmente, a estimativa de R$ 50 bilhões por ano é muito baixa. Na verdade, o montante ultrapassa facilmente os R$ 100 bilhões anuais, envolvendo os três níveis da federação”, afirmou Dino.




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