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sexta-feira, 01/08/2025

Alckmin terá conversas com setores afetados por aumento de tarifas

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Em Brasília

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) realizará na próxima semana uma série de reuniões com representantes dos setores econômicos impactados pelo aumento das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. Espera-se que Brasília responda às medidas adotadas por Washington durante a primeira quinzena de agosto. As reuniões com empresários ocorrerão após o governo Lula concluir uma avaliação interna do cenário decorrente da decisão tomada na quarta-feira (30/7) por Donald Trump.

Em abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma tarifa padrão de 10% sobre produtos provenientes da América Latina, com taxas de 25% aplicadas especificamente ao aço e ao alumínio de vários países. Na última quarta-feira (30/7), o presidente americano assinou uma ordem executiva que acrescenta uma tarifa adicional de 40% sobre os produtos brasileiros, elevando a carga total para 50%. Apesar desse aumento, quase 700 itens foram excluídos da lista, considerados essenciais para os interesses estratégicos dos EUA.

Alckmin, que também exerce o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), tem coordenado nos últimos meses as negociações entre o governo brasileiro, empresários e autoridades americanas para tratar das medidas adotadas por Trump. O MDIC, em conjunto com o Ministério da Fazenda, deve apresentar uma análise detalhada dos efeitos das tarifas em cada setor, de modo a fundamentar as ações a serem tomadas pelo Palácio do Planalto.

A expectativa é que a resposta do governo Lula se apoie na Lei da Reciprocidade Econômica. De acordo com essa legislação, o Brasil deve tentar resolver o conflito por meio do diálogo diplomático antes de adotar qualquer medida, podendo agir de forma imediata caso seja necessário. O presidente Lula afirmou que, se a diplomacia não for eficaz, o país poderá impor uma tarifa de 50% sobre produtos americanos. Essa lei permite ainda que o Brasil aumente impostos sobre produtos dos EUA, suspenda acordos comerciais e interrompa direitos de propriedade intelectual, como patentes de medicamentos ou tecnologias de empresas americanas.

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