Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou nesta sexta-feira, 28, que o governo está com pressa para acelerar as negociações com os Estados Unidos para reduzir as altas tarifas de até 50% incidas sobre produtos brasileiros vendidos para o país. Essas tarifas elevadas ainda afetam 22% das exportações brasileiras para os EUA, principalmente produtos industriais como máquinas e equipamentos.
Alckmin destacou que é importante diminuir essas taxas, já que não faz sentido ter tarifas de 40% ou 50% quando, dos dez produtos que os EUA mais vendem ao Brasil, oito possuem tarifa zero, e a tarifa média aplicada é de apenas 2,7%. O ministro explicou que o objetivo é acelerar o processo para tirar mais produtos da lista tarifária e criar novas oportunidades de cooperação econômica. Ele ressaltou que esse trabalho pode resultar em benefícios para ambos os países, com mais investimento bilateral e aumento do comércio exterior.
Alckmin também reiterou a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manter o diálogo aberto com os Estados Unidos. Ele reforçou a urgência do governo em resolver a questão, dizendo que quanto antes isso acontecer, maior será o volume das exportações brasileiras, o que gera emprego e renda.
Balança comercial
Mesmo com essas tarifas elevadas, as exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 9,1%, segundo dados do comércio exterior de outubro mencionados por Alckmin. Além disso, o ministro ressaltou a importância da abertura de mercados internacionais e destacou a expectativa de assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, prevista para 20 de dezembro.
Redução do desemprego
Alckmin também comentou a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou a taxa de desemprego atingindo a mínima histórica de 5,4% no trimestre encerrado em outubro. O vice-presidente considerou esse um momento positivo, com possibilidade de melhora no futuro próximo.
