O Vice-presidente Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, declarou neste sábado, 23, que ainda vê possibilidade de o Brasil e os Estados Unidos chegarem a um acordo para diminuir a tarifa americana sobre produtos brasileiros. “Se depender de nós, acaba amanhã. Acho que ainda há chance de um bom acordo”, afirmou durante coletiva em visita à concessionária Brasilwagen, em São Paulo.
Quando questionado sobre eventuais concessões, como a redução da tarifa sobre o etanol dos EUA, Alckmin comentou que várias barreiras comerciais estão sendo eliminadas e que o Brasil está aberto ao diálogo sobre etanol e outros setores com os americanos.
“Você mencionou o etanol: liberamos os CBIOs para empresas dos EUA, que podem comprar aqui. Além disso, há outras áreas para entendimento: minerais estratégicos, biocombustíveis e SAF”, disse ele.
Alckmin destacou que as tarifas brasileiras para produtos americanos já são baixas. “Vale lembrar: a tarifa média do Brasil para importações dos EUA é de 2,7%, não 50% ou 40%. Entre os dez produtos mais importados dos EUA, oito têm tarifa zero. Sempre existe espaço para acordo”, acrescentou.
O vice-presidente também falou sobre avanços nas negociações, como a retirada de produtos de aço e alumínio da lista de sobretaxas. “O Departamento de Comércio informou que produtos de aço e alumínio sairão da lista de sobretaxas específicas e terão a mesma tarifa para todos, o que ajuda na competitividade”, explicou.
Ele ressaltou medidas para apoiar empresas brasileiras afetadas pelo aumento das tarifas americanas, através de um plano de contingência. “O BNDES anunciou 10 bilhões a mais em créditos, passando de 30 para 40 bilhões para ajudar mais empresas, inclusive as que não exportam muito”, afirmou.