O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), declarou nesta segunda-feira (27/10) que o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o líder norte-americano, Donald Trump, representou uma aproximação política de grande importância. Agora, as equipes dos dois países devem focar nas questões técnicas para avançar nas negociações sobre as tarifas aplicadas a produtos brasileiros.
“Primeiramente, gostaria de salientar a aproximação política significativa entre o presidente Lula e o presidente Trump, que abriram as portas para o entendimento. A partir daqui, devemos trabalhar nas questões técnicas, tributárias e não tributárias, oportunidades, investimentos no Brasil e nos Estados Unidos, e complementaridade econômica. O passo político foi dado, e de forma brilhante. Agora, é hora de avançar no aspecto técnico e estabelecer uma agenda de trabalho”, afirmou Alckmin a jornalistas.
O vice-presidente, que também atua como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, integra a equipe designada por Lula para intermediar as negociações com o governo dos Estados Unidos. Ele ressaltou que a prioridade do Brasil é a retirada da sobretaxa de 40% imposta sobre as exportações em agosto.
“A prioridade é eliminar os 40% o quanto antes. O governo ainda não fez um pedido específico, mas as empresas americanas demonstram interesse, assim como as brasileiras têm grande interesse em exportar para os EUA”, declarou.
Lula e Trump reuniram-se em Kuala Lumpur, capital da Malásia, no domingo à tarde (madrugada no Brasil). O encontro, que durou cerca de uma hora, marcou o início das negociações sobre as tarifas aplicadas por Washington a produtos brasileiros.
Em declaração recente, Lula afirmou que o Brasil e os EUA devem alcançar um acordo satisfatório nas tratativas referentes ao tarifaço americano e também às sanções aplicadas a autoridades brasileiras.
“Estamos confiantes de que os dois países realizarão um acordo vantajoso para ambas as partes durante as negociações sobre as tarifas e as restrições impostas”, afirmou o presidente.
