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quarta-feira, 16/07/2025

Alagoas libera primeiro projeto de armazenamento de gás natural no Brasil

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NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas concedeu na terça-feira (15) a primeira licença ambiental para um projeto de armazenamento de gás natural no Brasil. O projeto é da Origem Energia, com investimento de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) e previsão para iniciar as operações em 2028.

Essa licença é pioneira no país e representa um avanço importante para garantir o fornecimento de gás natural, especialmente em épocas de seca que afetam as hidrelétricas, ajudando a fortalecer a segurança energética.

De acordo com Luiz Felipe Coutinho, CEO da Origem Energia, o objetivo é transformar Alagoas em uma grande fonte de energia para o sistema elétrico brasileiro. A empresa também planeja investir US$ 500 milhões (R$ 2,75 bilhões) em usinas térmicas no estado, porém esse investimento depende do sucesso em um leilão de capacidade de reserva de energia promovido pelo governo federal.

O armazenamento de gás natural é uma prática comum na Europa, mas ainda não regulada no Brasil. Normalmente, esse processo é realizado em reservatórios de petróleo que já estão perto do fim de sua vida útil, como é o caso do projeto da Origem Energia. O gás é armazenado nesses reservatórios para ser usado quando necessário para acionar as usinas térmicas.

Grande parte do gás produzido no Brasil está associada ao petróleo no litoral, o que exige produção contínua. O que não é trazido ao continente é reinjetado nos poços sem possibilidade de extração futura.

Espera-se que projetos como esse ajudem a diminuir o preço do gás natural no Brasil, pois aumentam a oferta e reduzem riscos para produtores e consumidores.

A Origem Energia, uma das novas empresas independentes de petróleo brasileiras, assumiu em 2022 a operação de um polo de petróleo e gás em Alagoas comprado da Petrobras. Desde então, a produção local quintuplicou, atingindo 15 mil barris de óleo equivalente, incluindo gás.

A empresa também opera em campos na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, e possui 18 blocos exploratórios nas Bacias Sergipe-Alagoas e Tucano Sul.

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