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quinta-feira, 21/11/2024
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Ajuda descontrolada à Ucrânia pode causar ‘ruína financeira’ dos EUA, diz senador americano

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A assistência descontrolada à Ucrânia pode levar à insolvência financeira nos Estados Unidos, escreve o senador Rand Paul em sua coluna para o Federalist.

© AP Photo / Charlie Neibergall
Na semana passada, ele bloqueou a votação no Senado sobre a prestação a Kiev de uma ajuda de US$ 40 bilhões (R$ 202 bilhões), exigindo que sejam incluídas no pacote emendas para endurecer a vigilância dos gastos.

“Não podemos arruinar o nosso país participando em mais um conflito estrangeiro. Com uma dívida nacional superior a 120% do PIB, inflação desenfreada nunca vista desde os anos de 1980 e interrupções significativas na cadeia de suprimentos, os Estados Unidos devem primeiramente proteger sua própria economia antes de ajudar os países estrangeiros”, explicou Paul.

O senador notou que, depois da pandemia da COVID-19, a inflação nos EUA atingiu um máximo de 40 anos. Assim, os preços da gasolina, em comparação com o ano passado, quase dobraram, os preços dos recursos energéticos em geral cresceram em 32%, os produtos alimentícios aumentaram em 9%, e um carro de segunda mão é agora três vezes mais caro.
Na opinião de Rand Paul, isso aconteceu devido “aos gastos impensados” do governo, que agora ameaçam tornar incomportável a dívida pública americana.
“Tenho reiterado repetidamente que a maior ameaça à nossa segurança nacional é a nossa dívida nacional. Apenas nos últimos dois anos, os Estados Unidos pediram mais dinheiro do que em qualquer momento de sua história.”
Se o projeto de nova ajuda à Ucrânia for aprovado, esses gastos desde 2014 serão de US$ 60 bilhões (R$ 298 bilhões), sendo quase dez vezes maiores que os gastos anuais em estudos oncológicos, notou o parlamentar.

“Priorizar o interesse de outras nações sobre o nosso não vai acabar bem […] Nós não só estamos flertando com a ruína financeira, mas também corremos o risco de entrar sem querer em uma guerra com outra grande potência”, resumiu ele.

Em meio à operação militar especial russa na Ucrânia, Washington e seus parceiros continuam enviando armas a Kiev. No dia 9 de maio, o presidente Joe Biden sancionou uma lei que facilita a ajuda militar à Ucrânia. Moscou tem afirmado repetidamente que as entregas de armamento apenas prorrogam o conflito, enquanto os meios de transporte dessas remessas são “um alvo legítimo” para as tropas russas.
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