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segunda-feira, 20/10/2025

Agu defende punição a golpistas como proteção dos direitos humanos

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Em Brasília

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, divulgou nesta terça-feira, 12, uma resposta ao relatório anual sobre direitos humanos e liberdades no Brasil, elaborado pelo governo dos Estados Unidos na gestão de Donald Trump.

O documento dos Estados Unidos afirma que os direitos humanos no Brasil pioraram e critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a prisão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O relatório acusa o governo brasileiro de impor limitações excessivas à liberdade de expressão e à atuação de usuários na internet, além de mencionar uma suposta perseguição política contra Bolsonaro.

Em nota em seu perfil no X (antigo Twitter), o advogado-geral da União afirmou que um país que valoriza a democracia deve punir tentativas de golpe com firmeza.

“Um governo que respeita os direitos humanos reconhece a jurisdição das Cortes internacionais e coopera com elas”, disse Messias.

O comunicado reforça que numa democracia constitucional, ações independentes do Judiciário não devem ser confundidas com atos do Executivo e que ataques ao Estado de Direito não devem ser desconsiderados nem acolher narrativas falsas de extremistas.

“No Brasil, estamos abertos ao diálogo, que deve ser baseado no respeito e na verdade”, afirmou o ministro.

O Itamaraty e o STF ainda não comentaram o relatório.

O conteúdo do relatório dos Estados Unidos

Segundo o documento, os direitos humanos no Brasil pioraram durante o governo do presidente Lula. O relatório diz que os tribunais brasileiros tomaram medidas amplas e desproporcionais que prejudicam a liberdade de expressão e a liberdade na internet.

O texto também acusa o governo de reprimir exageradamente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, jornalistas e políticos eleitos.

Conforme o jornal The Washington Post, o relatório causou desconforto dentro do próprio Departamento de Estado americano, com diplomatas relatando uma politização maior do processo em comparação a anos anteriores.

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