A Organização de Energia Atômica do Irã declarou que a ofensiva dos Estados Unidos contra três complexos nucleares iranianos infringe normas internacionais.
“A potência americana assumiu, por meio do ciberespaço, a responsabilidade pela investida nas instalações, que estão sob constante monitoramento da Agência Internacional de Energia Atômica, conforme o Acordo de Salvaguardas e o Tratado de Não Proliferação Nuclear”, esclareceu a organização em comunicado.
“Essa ação, que contraria as regras internacionais, infelizmente ocorreu sob a apatia e até o suporte da Agência Internacional de Energia Atômica.”
A entidade ressaltou que, “apesar das artimanhas maliciosas de seus adversários, graças ao empenho de milhares de cientistas e especialistas revolucionários, a continuidade dessa indústria nacional, fruto do sacrifício dos mártires nucleares, será preservada”.
Danificação não é definitiva
Mehdi Mohammadi, conselheiro sênior de Mohammad Ghalibaf, presidente do Parlamento Iraniano, afirmou no sábado que o país já esperava um ataque à instalação de Fordow por várias noites, motivo pelo qual o local foi evacuado anteriormente, e destacou que “os prejuízos não são permanentes”.
A mensagem foi divulgada na rede social X. “Do ponto de vista do Irã, nada fora do comum ocorreu. O local de Fordow foi desocupado há tempos e não sofreu danos irreversíveis”, disse Mohammadi.
Ele acrescentou que “duas coisas são certas: primeiro, o conhecimento não pode ser destruído por bombardeios; segundo, aqueles que apostam contra nós perderão desta vez”.
A instalação de Fordow foi uma das três atingidas por ações do governo de Donald Trump, conforme anúncio feito pelo próprio presidente na plataforma Truth Social anteriormente.
Estadão Conteúdo