A África do Sul apoia a causa palestina com relações diplomáticas oficiais estabelecidas em 1995, um ano depois do fim do Apartheid.
A África do Sul denunciou, nesta quarta-feira (28), a decisão “unilateral” adotada na semana passada pela comissão da União Africana (UA) de conceder a Israel a condição de observador na organização pan-africana.
Em uma declaração inequívoca, Pretória, que exerceu a presidência rotativa da UA no ano passado, declarou-se “consternada com a decisão injusta e injustificada da comissão da UA de conceder a Israel a condição de observador na União Africana”.
A comissão da UA tomou esta “decisão unilateralmente, sem consultar seus membros”, afirmou o Ministério sul-africano das Relações Exteriores, que a classificou de “inexplicável” e “incompreensível”.
Na semana passada, a União Africana concedeu a Israel a condição de observador, algo que reivindicava há anos. Foi uma vitória diplomática para o Estado hebreu e que, segundo ambas as partes, permitirá a Israel ajudar o continente na luta contra a pandemia da covid-19 e o terrorismo.
“A decisão de conceder a Israel a condição de observador é ainda mais chocante neste ano, em que o povo oprimido da Palestina foi perseguido por bombardeios destrutivos e pela continuação da colonização ilegal em suas terras”, acrescentou o Ministério.
A África do Sul apoia a causa palestina com relações diplomáticas oficiais estabelecidas em 1995, um ano depois do fim do Apartheid. Em 2019, degradou sua embaixada para um mero escritório de enlace em Tel Aviv.
Palestina já tem a condição de observador na União Africana e conta com um apoio considerável.