Advogado Leonardo Guimarães Salles decidiu nesta segunda-feira (18/8) deixar a defesa do empresário Renê da Silva Nogueira Junior, que é suspeito de ter tirado a vida de um gari em Belo Horizonte na semana anterior.
Em comunicado ao Metrópoles, o advogado explicou que a decisão foi tomada após uma conversa reservada com o empresário na mesma data. O conteúdo dessa conversa não foi divulgado.
“Informo que na data de hoje, após conversa reservada com o sr. Renê da Silva Nogueira Júnior, decidi, por motivo de foro íntimo, renunciar à sua representação nos autos da investigação que apura a morte do Sr. Laudemir de Souza Fernandes“, comunicou o advogado.
O empresário Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, é investigado por matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, enquanto este trabalhava na coleta de lixo em Belo Horizonte (MG), episódio ocorrido no dia 11 de agosto, após uma discussão no trânsito.
O conflito teve início quando Renê solicitou que o caminhão de lixo fosse removido da via para que seu carro elétrico pudesse passar. Testemunhas afirmaram que havia espaço suficiente para o veículo transitar.
Depois de discutir com a motorista do caminhão, Renê desceu do carro com uma arma, ameaçou disparar contra a motorista e efetuou um tiro que atingiu Laudemir na costela.
Laudemir foi socorrido e levado para o hospital, mas veio a falecer devido à hemorragia interna provocada pela bala.
Renê foi encontrado e detido algumas horas depois em uma academia de alto padrão no bairro Estoril, em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que a arma usada por Renê para disparar contra Laudemir pertence à esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino. Trata-se de uma arma particular, não um armamento funcional da polícia.
De acordo com o delegado Evandro Radaelli, imagens de câmeras de segurança captaram o instante em que Renê, ao chegar ao seu condomínio depois do trabalho, retira a arma da mochila e, alguns segundos depois, a coloca de volta.