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quarta-feira, 27/08/2025

Advogado de Heleno nega ligação com Ramagem e diz que decisão foi do presidente

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Matheus Milanez, advogado do general Augusto Heleno, comentou nesta quarta-feira (27/8) no programa Acorda Metrópoles sobre a chamada “Abin paralela”, que envolve o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem e o ex-diretor-adjunto Victor Carneiro, indicados, segundo ele, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O general Augusto Heleno foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Bolsonaro.

Sobre a relação entre Heleno e Ramagem, Milanez afirmou que a questão foi esclarecida nos interrogatórios e nos depoimentos das testemunhas, ressaltando que a escolha de Ramagem e Felismino partiu do próprio presidente Bolsonaro.

Segundo Milanez, “Isso foi uma decisão do presidente, isso ficou evidente, foi uma escolha do presidente”.

Entenda o caso

A Procuradoria-Geral da República (PGR) indica que o ex-ministro Augusto Heleno tinha conhecimento das ações da “Abin Paralela”, uma organização com policiais federais e oficiais de inteligência ligados ao delegado Alexandre Ramagem.

A denúncia detalha que o grupo, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, seria responsável por ataques virtuais contra adversários políticos e o sistema eleitoral.

A PGR cita anotações pessoais de Heleno para sustentar que ele sabia das ações da Abin Paralela.

Contudo, o advogado de Heleno afirma que, durante a instrução do caso, foi comprovada a impossibilidade de atuação do general no esquema, com um oficial da Abin confirmando que Heleno não participou e não tinha conhecimento das ações.

Milanez comentou que as acusações são infundadas e se relacionam a conversas entre o presidente, o general, Ramagem e as advogadas do caso das rachadinhas, não configurando envolvimento do general na Abin Paralela.

O advogado também destacou que a relação próxima era entre Alexandre Ramagem e Bolsonaro, não envolvendo diretamente o general Heleno, que não tinha subordinação direta à Abin, que funciona de forma independente mesmo vinculada funcionalmente ao GSI.

Acusações e investigação

Augusto Heleno é um dos investigados na Ação Penal nº 2.668, que apura uma suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. Ele está entre os oito acusados desse caso, que responde por crimes de organização criminosa armada, tentativa de derrubar o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano grave ao patrimônio da União e deterioração de bens públicos.

O general integra o núcleo principal da acusação, chamado de núcleo crucial, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República.

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