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quarta-feira, 27/08/2025

Advogado de Heleno explica que ‘agenda golpista’ eram apenas registros pessoais

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Matheus Milanez, advogado do general Augusto Heleno, declarou nesta quarta-feira (27/8) em entrevista ao programa Contexto Metrópoles que as anotações encontradas, apontadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como uma ‘agenda golpista’, são apenas registros pessoais e nunca foram compartilhadas. Heleno é acusado de participar de uma organização criminosa que teria atuado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Milanez ressalta que a agenda, usada como prova pela PGR contra o general, é literalmente uma caderneta pessoal, feita para apoiar a memória do militar, que tem atualmente 77 anos. Ele destacou que esses registros são lembranças e anotações privadas que não foram divididas nem divulgadas.

Contexto da Denúncia

O general Augusto Heleno foi ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro. Ele é um dos oito investigados no processo sobre suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a denúncia da PGR, ele pertence ao núcleo principal do grupo.

Os réus respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros. O advogado reforçou que a caderneta nunca foi compartilhada e representa apenas pensamentos privados do general.

“Essa agenda foi encontrada durante uma busca da Polícia Federal guardada numa gaveta, indicando que não estava mais em uso,” afirmou Milanez.

Anotações Encontradas

Na casa de Heleno foi encontrada uma agenda com anotações sobre estratégias de descredibilização das urnas eletrônicas, utilizadas como base para o discurso do ex-presidente Bolsonaro. O general traçou algumas diretrizes como:

  • Mapear as áreas onde o presidente tinha aliados confiáveis;
  • Evitar referências negativas a grupos sociais e exaltar as qualidades do povo brasileiro;
  • Manter críticas ao sistema de urnas eletrônicas.

Também foram encontrados documentos que supostamente apontavam vulnerabilidades nas urnas eletrônicas para sustentar as dúvidas levantadas pelo grupo.

Defesa e Julgamento

Milanez afirmou que apresentará na audiência a total ausência de envolvimento do general na suposta trama. Segundo ele, Augusto Heleno estava completamente alheio e não participou dos fatos investigados.

O processo está sendo julgado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

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